Dilma Rousseff disse que tem gente “trabalhando contra” a Petrobras. Esboçou uma reação. “Não podemos permitir, como brasileiros, que amam essa empresa, que defendem esse país, que se utilizem de ações individuais e pontuais, mesmo que grave, que se destrua a nossa empresa ou suje a imagem.” Prometeu “combater todo tipo de malfeito, tráfico de influência, corrupção, ou ilícito de qualquer espécie.”
Todo brasileiro de bem deveria se aliar a Dilma nessa cruzada. Os inimigos da Petrobras são poderosos, muito poderosos, poderosíssimos. Deveriam ser processados. Mas se escondem atrás do escudo da imunidade parlamentar. Lideram partidos tradicionais —PT e PMDB, por exemplo. Os inimigos da Petrobras têm as costas quentes. Imagine o drama que Dilma viverá quando descobrir que foi Lula quem entregou a estatal a essa gente.
O confronto da presidente com o antecessor há de ser doloroso. Mas nada será mais dramático do que o embate de Dilma consigo mesma. A presidente declarou guerra aos adversários da Petrobras em Pernambuco, numa cerimônia de batismo de navios encomendados pela Braspetro, subsidiária da estatal comandada por Sérgio Machado.
Ex-parlamentar, Sérgio Machado é um apadrinhado de Renan Calheiros. Chegou ao posto sob Lula, em 2003. Permanece na poltrona até hoje. Quer dizer: você não pode abandonar a presidente numa hora dessas. Dilma vai ficar Rousseff da vida na hora em que se der conta do mal que o descuido de Dilma faz à Petrobras.
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