Menos de uma semana depois de pedir licença da Câmara por 60 dias, o deputado André Vargas (PT-PR) decidiu reassumir o mandato. Prepara o retorno para o próximo dia 21, logo depois da Páscoa. Confirmando-se essa data, a licença vai durar escassos 14 dias. O movimento contraria a vontade da direção do PT. O partido gostaria que Vargas renunciasse e fosse cuidar de sua defesa.
Em privado, André Vargas recorda que o STF, instância que terá de decidir se abre ou não inquérito contra ele, ainda não se pronunciou. Por ora, precisa se defender apenas no Conselho de Ética da Câmara, onde já responde a processo por quebra de decoro parlamentar. Daí, segundo o deputado, sua decisão de retomar o mandato. Prepara um memorial com a sua versão sobre o envolvimento com o doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava-Jato, da Polícia Federal. Vai de deputado em deputado para entregar o documento.
André Vargas está em São Paulo. Vai se encontrar, nesta sexta-feira (11), com os três dirigentes petistas designados pela Executiva para colher seu depoimento. O encontro foi pedido pelo próprio deputado, que estava incomodado com a perspectiva de o PT tratar do seu caso sem ao menos ouvi-lo. Com isso, o partido adiou o envio da encrenca à sua comissão de ética. Dependendo do desfecho, André Vargas pode ser advertido, suspenso ou, no limite, expulso da legenda.
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