O ATO E O FATO

"PATRIOBOLISMO"

Brasilino Neto

Este país chamado Brasil realmente tem suas peculiaridades que o fazem diferente dos demais, principalmente quando vemos que dentro de algumas horas teremos o inicio da Copa das Confederações e em 2014 a do Mundo.

Dizemos isto, pois seu povo apega-se com firmeza a certas áreas, se descuida de outras e não presta atenção alguma em assuntos que realmente deveriam lhe despertar interesses, o que possibilita, ante esta análise, apresentarmos uma sugestão aos dicionaristas.

Sugerimos que incluam no rol das definições a palavra "Patriobolismo", a ser definido como: "PATRIOBOLISMO: Patriotismo só pela bola; manifestação eufórica de um povo que se preocupa muito com sua pátria, seu país, porém, só quanto ao que se refere ao futebol; o que ocorre de quatro em quatro anos e quando finda o campeonato tudo volta à letargia inicial". 

Pode parecer exagerada a manifestação, porém, é uma das poucas que realmente cabe quanto ao momento que o Brasil vive em sua vida política, econômica e social.

É imprescindível que tenhamos consciência do momento em que vivemos, a corrupção que o assola e as proximidades das eleições, pois num mundo globalizado como o atual, e a integração voraz da economia, onde o simples apertar de botão de computador faz com que caiam as bolsas de valores do mundo todo, com certeza não temos tempo para novas experiências políticas e ainda menos econômicas. 

Assim, se quisermos fazer de nosso Brasil um País que mereça respeito no contexto das nações, e não só pelo futebol, temos que saber escolher nossos governantes, não pelas cantilenas inconsistentes e sempre mentirosas das propagandas eleitorais, mas pelo seu passado, seriedade e compromisso efetivo do candidato com o povo.

Temos que deixar de exercer nosso "patriobolismo" para exercer o "patriotismo" fazendo um "Pacto Social", que é "um acordo entre as pessoas que compõem e amam este País, para que unam e congreguem seus anseios, pois o sucesso do Pacto está em que cada pessoa que o componha nele aplique todas as suas forças, que o proteja e o defenda, unindo-se um aos outros, para o fato que interesse ao País, com os esforços e empenho, tanto quanto faz nesta fase de "patriobolismo".

É ele, em síntese, a moral aplicada na estória dos "Três Mosqueteiros", quando adotam o "um por todos e todos por um".

Vivemos em um momento de encruzilhada política, cabendo aqui parafrasear John Keneddy e dizer: "Não perguntem o que Brasil pode fazer para (POR) cada um de nós, mas o que podemos fazer pelo Brasil".

Colocado em prática este plano, com certeza, diminuiremos as agressividades e insegurança que estão patentes e latentes em nosso dia a dia, com a perda do sentido e da importância da vida, especialmente quando vemos que se mata por um tênis, uma bicicleta, discussão de trânsito, pelo pouco dinheiro que se tem no bolso, ou simples e tristemente, matar por matar.

Temos necessariamente que rever os conceitos de valores e importâncias para com o Brasil, pois somente assim preservaremos os destaques do Decálogo de Santo Agostinho, que ditam a importância da preservação da Vida e da Liberdade.

Façamos um "Pacto" com o Brasil: "Que continuaremos ser "patriobolista", mas exerceremos nosso "Patriotismo" todos os dias, já a partir da Copa das Confederações, estendendo-se até 2014 com a Copa do Mundo e, depois disto, termos sempre em mente que devemos desenvolver todos (OS) esforços para o bem deste país chamado Brasil e que ele deixe de ser “o país do futuro” para ser o País de oportunidades a todo seu povo.

Por Brasilino Neto