sábado, 29 de junho de 2013

O ATO E O FATO


Única Mãe.

Trago aqui matérias que, penso, transmitem mensagens de esperança, mas que, no entanto, se isto não se der, ao menos deixem as pessoas da mesma forma como as encontrei, com os mesmos bons sentimentos que se dotavam antes de suas leituras.

Nos últimos dias vimos às reações do povo quanto aos desmandos que ocorrem no Brasil, e que em meus textos os retrato com a esperança de despertar senso crítico nos leitores e procurar mudar o mundo em que vivemos para melhor ou, se pudermos, para muito melhor.

Desta forma, abordo um tema diferente, que poderá ser polêmico, mas muito interessante e que, a meu ver se trata da declaração mais importante que a Igreja Católica fez nos últimos anos, assim sustentando por semanalmente acessar o site do Vaticano e ler as mensagens papais.

Refiro-me à especialíssima declaração atribuída ao Papa Francisco que assim afirmou: “Não existe mãe solteira, existe mãe. Pensai numa mãe solteira que vai à Igreja, à paróquia e diz ao secretário: Quero batizar meu menino. E quem a acolhe diz-lhe: Não tu não podes porque não estás casada. Atentemos que esta mãe que teve a coragem de continuar com sua gravidez o que é que encontra? Uma porta fechada. Isto não é zelo ! Afasta as pessoas do Senhor! Não abre as portas! E assim quando nós seguirmos este caminho e esta atitude, não estamos fazendo o bem às pessoas, ao Povo de Deus. Jesus instituiu 7 Sacramentos e nós com esta atitude instituímos o oitavo: o sacramento da alfândega pastoral. Quem se aproxima da Igreja deve encontrar portas abertas e não fiscais da fé!”

Entendo ser a mais proveitosa afirmação da Igreja, pois sem dúvida há que acompanhar as modificações, a dinâmica do mundo atual, sem que com isto renegue seus princípios norteadores.

Entendo que a frase do Papa revê conceitos que realmente devem ser revistos, posto não ser minimamente aceitável que a mãe queira batizar o filho, fruto de um relacionamento não oficial e a Igreja o torne espúrio por ato que ele mesmo não cometeu.

O que resultará da decisão que a Igreja impôs à mãe que a procurou nestas condições? Certamente o seu afastamento, de seus familiares, e do próprio filho que a Igreja que prega o amor ao próximo renegou.

Está implícito nesta frase o ensinamento de Cristo que deve nortear a vida de todas as pessoas, independentemente de seu credo, que diz: “Amai ao seu próximo como a si mesmo”, pois se cada um agir assim o amor florescerá em todos os cantos e o mundo será por ele dominado, resultando a cada um os sentimentos de paz e felicidades, que é o que todos buscam.

Em arremate, e na mesma esteira e ensinamento, trago a meditação proferida pelo Papa Francisco na missa matinal do dia 16 de junho, realizada na Capela da Domus Sanctae Marthae, desejando que ela seja absorvida realmente pela Igreja que Ele dirige, quando no texto “A humildade concreta do cristão” diz: “Sem humildade, sem a capacidade de reconhecer publicamente os próprios pecados e a própria fragilidade humana, não se pode alcançar a salvação nem pretender anunciar Cristo ou ser suas testemunhas. Isto vale também para os sacerdotes: os cristãos devem-se recordar sempre que a riqueza da graça, dom de Deus, é um tesouro para ser conservado em “vasos de barro” a fim de que seja claro o poder extraordinário de Deus, do qual ninguém se pode apropriar “para o seu currículo pessoal”.

Que ensinamentos como estes venham e se propaguem sempre a todos os povos e em todos os cantos da Terra.

Por Brasilino Neto

6 comentários:

Ana Lúcia Arantes disse...

Que belissima matéria e retratou magnificamente o pensamento do Papa Francisco. Brasilino, suas matéria só não nos agradam que, por bem escritas e articuladas, realmente, após suas leituras, nos impõem um modo diferente de pensar e de agir. Que Deus continue o iluminando e que você se faça sempre presente na imprensa com seus bons textos.

Paulo José Lancelot disse...

O Papa Francisco é o cara. Acho que ele vai mudar está estupidez religiosa de quem decide são os padres. A fé em Deus e a natureza humana são coisas distintas, só os lideres católicos ainda não perceberam.

Maria Luiza disse...

Eu passei por isso, só consegui batizar meu filho quando ele completou 10 anos. Na época recorri ao bispo em Taubaté ele não deixou meu filho ser batizado.

Marcos disse...

Brasilino espero que a Igreja realmente siga esta orientação dada por seu Pastor Maior, pois só tem a ganhar.

Brasilino Neto disse...

Maria Luiza, são por estas razões que dei à matéria a importância devida, e que a Igreja, como disse o leitor Marcos, "siga as orientações de seu Pastor Maior". Parabéns ao Papa Francisco por suas importantes palavras e que as faça tornarem realidade em todas as comunidades católicas do mundo.

Luis Carlos disse...

Esta mensagem deveria ser impressa e entregue aos padres das igrejas de Caçapava. Exemplar. Necessária.