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Na cidade mais atingida pelo primeiro temporal de 2013 no estado do Rio, uma figura bem conhecida da população se destacou como a imagem da solidariedade. Proprietário de um sítio no distrito de Xerém, em Duque de Caxias, o sambista Zeca Pagodinho interrompeu o descanso para ajudar desabrigados, buscar informações sobre famílias sem comunicação e dar carona a moradores da região, em um quadriciclo motorizado. Zeca chegou a fazer um alerta, ainda pela manhã: o de que crianças e famílias inteiras estariam desaparecidas na parte alta de Xerém – o que não foi confirmado pela Defesa Civil do município.
Sempre irônico, com humor rápido, Zeca estava irreconhecível. Cabisbaixo, chegou a chorar em uma das entrevistas que deu ao longo do dia. Perguntado sobre o que sentia ao ver a destruição, foi sucinto. “Estou aqui há 20 anos. Meus filhos foram criados aqui. Lá em cima está muito ruim. Há criança desaparecida, casa que caiu rio abaixo. Estamos desde 6h da manhã batalhando”, disse.
Zeca não é especialista em prevenção de desastres, mas deu sua versão para o que viu em Xerém esta manhã. “É um descaso. Isso dá nojo. Nojo dos políticos”.
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