Depois de atravessar o mundo para dar apoio ao crápula Kadafi e de tentar extraditar o ursinho Ted, o delegado/deputado Protógenes Queiroz já anuncia, em sua nota explicativa sobre a perrenga do Ted, a sua próxima cruzada: sair em defesa da virgindade da Branca de Neve.
Diz ele ao fim de sua nota, que é inadmissível que jovens sejam “expostos a filmes que utilizem personagens de contos de fadas com cenas pornográficas, como por exemplo, utilizando a Branca de Neve”, escreve Protógenes.
Será que o delegado Diógenes, o neo moralista defensor dos bons costumes, já leu o livro da jornalista francesa Annick Cojean: No Harém de Kadafi? Lá ela conta que o protegido de Protógenes, pode até ter respeitado a imagem da Branca de Neve, mas estuprava meninas que eram retiradas de suas famílias à força e transformadas por ele em escravas sexuais.
Neste país onde querem reescrever a história, negar períodos, condenar literatura e proibir obras de ficção, não duvido que apareça algum companheiro de Protógenes para declarar que a história de Branca de Neve, que tem sua origem na tradição alemã e foi popularizada e comercializada pela Disney, empresa norte-americana, seja acusada de ser uma invenção imperialista para impor aos pardos latino-americanos a soberania ariana.
A idiotice dessa gente não tem limites.
Por Adriana Vandoni
Nenhum comentário:
Postar um comentário