Reinaldo Azevedo
Você não lerá da imprensa politicamente correta, mas é fato. Se os chefes de reportagem — ainda os há nas redações, ou agora o jornalismo é uma soma de mônadas destrambelhadas? — tiverem algum interesse, devem instruir seus repórteres a manter uma conversa franca com os antigos moradores do Pinheirinho.
A área estava submetida a um rígido controle, como direi?, ideológico. Tudo ali tinha preço. Para morar no Pinheirinho, era preciso pagar uma taxa aos “donos do pedaço”, uma espécie de adesão de caráter político, entendem? E variava de acordo com a área, a qualidade do barraco, essas coisas. Não era exatamente um aluguel, mas uma espécie de taxa de “condomínio” — nunca menos de R$ 100 mensais, segundo fiquei sabendo.
Mas não só. Os comerciantes também precisavam pagar uma “taxa” de administração aos leninistas que administravam aquele conjunto — no mínimo, R$ 500. E, vejam que coisa!, nunca o Ministério Público se interessou por isso. Era uma forma de milícia, evidentemente, só que com horizonte redentor. Basta colocar os repórteres para ouvir, e a verdade virá à tona.
Mas isso não vai acontecer. Sabem por quê? Porque boa parte dos jornalistas acredita que, se contar essa verdade, estará fazendo o jogo dos “reacionários”, entendem? Não pega bem! Então se contenta, e alguns se fartam, com as histórias inequivocamente tristes. É uma prática antiga. Sartre, na fase idiota, achava que era necessário esconder os crimes do comunismo para não tirar as esperanças da classe operária. O resultado dessa postura? O comunismo matou bem uns 150 milhões de pessoas sob o silêncio cúmplice da maioria dos intelectuais “progressistas”.
A verdade liberta, sempre. A mentira mata em silêncio.
2 comentários:
Excelente seu comentário!
Reinaldo você realmente é bem informado, pois esta notícia corre por aqui há muito tempo. Cachorro magro que pega o osso não quer largar nunca. Pinheirinho é o caso.
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