Indicada pelo presidente Michel Temer (PMDB) para chefiar a Procuradoria-Geral da República (PGR), a subprocuradora Raquel Dodge enviou mensagem aos senadores na qual afirma ter se “preparado ao longo de toda a sua carreira” para assumir o cargo. Ela será sabatinada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa no próximo dia 12.
No texto, Raquel faz uma apresentação da sua experiência no Ministério Público Federal, com destaque para a atuação na área criminal. “Após quase 30 anos de atuação no Ministério Público Federal, estive sob a observação cotidiana dos que integram a instituição, assim como de membros do Poder Judiciário e da sociedade civil, desempenhando diversas funções constitucionais próprias do Ministério Público, tanto na defesa de direitos humanos como na área criminal”, afirma.
A subprocuradora também rebate questionamentos sobre a sua escolha ao citar a lista tríplice da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR). “Invoco o testemunho dos procuradores da República que elegeram-me para integrar a lista tríplice como demonstração de que tenho preparo técnico e condição moral para assumir esta função“, diz.
Raquel Dodge foi a segunda mais votada na lista, atrás do vice-procurador-geral eleitoral Nicolao Dino, nome apoiado pelo atual procurador-geral, Rodrigo Janot. Dentro do Ministério Público Federal, Raquel é considerada uma opositora a Janot.
Aos senadores, a subprocuradora diz ter vasta experiência na área criminal, citando sua atuação junto ao Superior Tribunal de Justiça desde 2008. Raquel ainda cita casos de destaque em que atuou, como a investigação contra o ex-deputado federal Hildebrando Paschoal, acusado de comandar um esquadrão da morte no Acre, e a Operação Caixa de Pandora, que levou à prisão o ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda.
Trâmite
O relator da indicação na CCJ será o senador Roberto Rocha (PSB-MA), que na semana passada já indicou que emitirá um parecer favorável. A previsão é que ele apresente o texto na próxima quarta-feira e a sabatina ocorra no dia 12. A votação no plenário pode acontecer no mesmo dia.
A oposição, no entanto, vai tentar adiar a sabatina. No entendimento de petistas, não há a necessidade de se votar já a indicação, uma vez que o mandato de Janot vai até setembro.
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