Ministro da Defesa, Raul Jungmann, fala sobre plano de Segurança do Rio - Giselle Ouchana / O Globo |
O ministro da Defesa, Raul Jungmann, acredita que a atuação das autoridades para conter a criminalidade do Rio pode gerar uma guerra. Segundo ele, não é possível fazer o combate da violência sem esperar uma reação dos criminosos.
- Recentemente em operação feita pela Policia Civil foram apreendidos 60 fuzis. Em seguida, começaram os incêndios de ônibus. Isso é um teste. Se o Rio quer de fato ter a decisão de enfrentar, como nós temos, o crime organizado, é preciso dizer para essa mesma sociedade que sim, vamos ter custos e que terá reação - disse o ministro, que continuou:
- Se você quer retirar, reduzir a capacidade do crime organizado ao ponto que ele chegou, nós vamos estar diante de uma espécie de guerra. Vamos ter reações. Atacar o comando do crime terá resposta do crime organizado - afirmou, dizendo que não gosta de usar esta palavra.
Durante reunião no Comando Militar do Leste, no Centro do Rio, Jungamn, anunciou nesta quinta-feira que as operações do Plano Nacional de Segurança não seguirão o modelo de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) usual, com patrulhamento ostensivo realizado pelas Forças armadas. As ações serão de inteligência e de integração do trabalho policial das tropas estaduais. Com isso, ele não anunciou o início das ações, mas afirmou que será em breve, e disse que o efetivo das tropas já lotadas no Rio são suficientes.
Jungman pediu que a população não espere por resultados milagrosos, e afirmou ainda que comunidades não serão ocupadas, mas que operações específicas serão deflagradas quando forem necessárias. Segundo ele, o maior objetivo do plano é "golpear a criminalidade":
- Ao contrário das ações anteriores, o que vai presidir toda a operação é a inteligência, porque não se trata apenas de inibir o crime com a presença física das forças armadas nas ruas. Se trata, nesse caso, de golpear o tráfico.
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