O bebê britânico Charlie Gard morreu nesta sexta-feira, 28, depois de um caso que mobilizou a opinião pública internacional e se tornou o centro de uma disputa judicial entre seus pais e médicos sobre se ele deveria ser levado para os Estados Unidos para receber tratamento experimental.
O bebê de 11 meses sofria de uma condição genética extremamente rara que causava dano cerebral progressivo e fraqueza muscular, e a longa luta de seus pais para salvá-lo provocou uma onda de manifestação internacional de simpatia pela causa.
“Nosso lindo garoto se foi, estamos tão orgulhosos de você, Charlie”, disse Connie Yates, a mãe do bebê, ao jornal inglês Daily Mail.
Na quinta-feira, a Justiça britânica determinou que o bebê fosse transferido para uma residência hospitalar de doentes terminais e que, logo depois, os tubos que o mantém vivo fossem desligados. Com isso, a criança morrerá antes do primeiro aniversário, dia 4 de agosto.
A decisão pôs fim a uma amarga disputa judicial contra o Hospital Great Ormond Street, em Londres. O casal Connie Yates e Chris Gard lutava para que seu filho fosse mantido vivo com a ajuda de aparelhos e que fosse transferido para os Estados Unidos para ser submetido a um tratamento experimental. Entretanto, segundo os pais, a demora da Justiça britânica levou a danos irreversíveis em sua musculatura e dessa forma o tratamento experimental deixou de ser uma opção.
(Com agencia Reuters)
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