O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de Campinas suspendeu na tarde desta quinta-feira (13) as demissões na empresa MWL, em Caçapava (SP). A audiência ocorreu após a empresa dispensar funcionários na última sexta-feira (7), durante greve na fábrica por aumento na Participação nos Lucros e Resultados (PLR).
Durante a audiência para tentar reverter as demissões não houve acordo entre a empresa e o sindicato. Apesar disso, o TRT suspendeu as demissões até uma nova reunião, prevista para próxima quarta-feira (19).
O sindicato diz que o número de demitidos é de 140. No entanto, na ata da audiência constam 63 funcionários - o número foi o informado pela empresa à Justiça.
Na decisão da Justiça, a suspensão das demissões está condicionada ao término da greve - a produção está suspensa há sete dias.
O sindicato informou que uma assembleia será feita na manhã desta sexta-feira (13) com os funcionários para debater o retorno ao trabalho. Se os trabalhadores aprovarem a retomada das atividades, isso acontecerá na próxima segunda-feira (17). Está prevista multa de R$ 50 mil caso o sindicato ou a empresa não cumpram o determinado.
Reivindicações
De acordo com o sindicato, os 400 funcionários da empresa, que produz eixos e rodas para trens, entraram em greve na última quinta-feira (6) por aumento da PLR, estabilidade de emprego e efetivação de trabalhadores terceirizados.
No dia seguinte, os trabalhadores começaram a receber os telegramas notificando o desligamento da empresa. Segundo o sindicato, a medida é ilegal porque não se pode demitir nem contratar funcionários durante uma greve.
A MWL foi procurada por telefone na tarde desta quinta-feira, mas ninguém foi encontrado para se posicionar sobre a suspensão das demissões.
G1 Vale do Paraíba
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