O advogado Samuel José Orro Silva, de Taubaté, entrou com um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal pedindo para o ministro Luis Roberto Barroso arquivar o pedido de inquérito aberto para investigar o presidente Michel Temer (PMDB) pelos crimes de corrupção, organização criminosa e obstrução à Justiça.
Temer é investigado após um pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, com base em acordo de delação premiada de empresários do grupo JBS, no âmbito da Operação Lava Jato. A principal acusação é que o presidente teria dado aval para para comprar o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB).
Questionado pela reportagem de OVALE, Samuel afirmou que não possui nenhum tipo de ligação com o presidente da República. "Ele nem deve saber que eu entrei com o processo", disse. "Só achei que a situação que ele está enfrentando é de muita injustiça e eu não poderia ficar alheio quanto a isso", afirmou o advogado.
O habeas corpus foi protocolado após Temer receber hoje cedo conselhos do advogado e amigo Antonio Mariz, que será seu defensor no processo.
No pedido, o advogado Samuel Orro afirma que Temer é um 'idoso de 76 anos de idade, não acostumado à rotina empresarial', e que foi gravado em um diálogo com um empresário conhecido como 'muito esperto' pelo mercado. Samuel também questiona 'qual partido não receberia doadores' e que a JBS é uma das maiores doadoras para campanhas políticas do Brasil.
(ATUALIZAÇÃO: Por volta de 20h30, o pedido foi negado pelo ministro)
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