quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

No Paraná, 5 vereadores presos tomam posse


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Aos pouquinhos, o Brasil idealizado por todos vai se tornando um país muito distante, uma democracia lá longe. Nesta quarta-feira, aconteceu no Paraná, berço da Lava Jato, um episódio que diz muito sobre essa nação longínqua. Cinco vereadores eleitos em outubro do ano passado e presos desde dezembro tomaram posse na Câmara Municipal de Foz do Iguaçu, cidade que faz fronteira com o Paraguai.

A sessão foi tumultuada. Os protagonistas chegaram escoltados pela polícia. Prestaram juramento sob vaias, pedidos de renúncia e gritos de “vergonha”. Consumada a posse, retornaram à cadeia. Chamam-se Anice Gazzaoui (PTN), Darci Siqueira (PTN), Rudinei de Moura (PEN), Edilio Dall’Agnol (PSC) e Luiz Queiroga (DEM). Assumiram escorados numa ordem expedida pela juíza Juliana Arantes, da Vara de Corregedoria dos Presídios de Foz do Iguaçu.

Os vereadores-presidiários foram fisgados numa operação da Polícia Federal batizada de Pecúlio. Deflagrada em abril do ano passado, apura um esquema de fraudes em licitações no setor de saúde, na gestão do ex-prefeito Reni Pereira (PSB). Os empossados desta quarta-feira são acusados de receber propinas para aprovar projetos de interesse da prefeitura.

Nesse Brasil marcado pela corrupção desvairada, em que não se salvam nem as verbas da saúde, a honestidade vai se tornando uma grande solidão. Os recém-nascidos já não encontram nenhum pecado original.

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