quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

COTADO PARA O STF, PRESIDENTE DO TST SOFRE ATAQUES NA INTERNET


TRECHO DO LIVRO DE IVES GANDRA MARTINS FILHO

O ministro Ives Gandra Martins Filho, presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), tem sido vítima de ataques nas redes sociais e de blogueiros ligados ao PT, que tentam atribuir a ele posições que não defende, contra mulheres ou gays, por exemplo.

Os ataques ao ministro Ives Gandra Martins Filho começaram quando seu nome passou a ser considerado um dos mais fortes para ocupar a vaga aberta, no Supremo Tribunal Federal (STF), pelo súbito falecimento do ministro Teori Zavascki. Esses setores que o atacam temem a presença no STF de mais um magistrado rigoroso, ético, corajoso e brilhante, que não os teme.

Nos ataques ao ministro, usam trechos do seu livro Tratado de Direito Constitucional, numa demonstração que não o leram. Nesse livro, ele demonstra respeito aos gays e a seus direitos, afirmando textualmente: "Indivíduos de orentação heterossexual e homossexual possuem a mesma dignidade perante a lei, e as pessoas homossexuais devem, sem sombra de dúvidas, ser respeitadas em suas opções".

Ives Gandra Martins Filho no livro Tratado de Direito Constitucional: "Além disso, das uniões homoafetivas derivam direitos que devem ser tutelados pelo Estado, conforme antes mesmo da decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal já vinha ocorrendo, mormente em questões patrimoniais. Contudo, isso não é o mesmo que dizer que os casais homoafetivos devam gozar, irrestritamente, dos mesmos direitos de que gozam os casais de orientação heterossexual, sob pena mesmo de se deturpar o conceito de família, em termos antropológicos e sociológicos".

Em relação às mulheres, o ministro Ives Gandra Martins Filho foi o relator vencedor da decisão do TST que garantiu às mulheres o intervalo de 15 minutos antes de prestar horas extras. Essa decisão, inclusive, foi mantida pelo STF.

Um comentário:

Miriaklos disse...

Estas situações de justificações que autoridades fazem quando são mencionadas em situações diversas em nada contribuem para o aprimoramento das instituições ou para dar solução à questão suscitada.

Veja-se, por exemplo a questão do ministro Ives Gandra, pessoa de caráter e posições consolidadas, conduta ilibada mas, a quem eu daria meu vota para ser ministro do STF, no entanto, ao entrar neste debate cria problemas em outros setores da sociedade, tal como aqui ocorre.

Ademais, a menção da questão de ter sustentado a necessidade de descanso de 15 minutos para as mulheres antes de iniciarem períodos de horas extraordinárias provoca cutucões de outros grupos que devem arcar com as consequências desta orientação.

Fica-se aqui naquela enrascada de "se correr o bicho pega, se parar o bicho come".