O ditador militar General Emílio Garrastazu Médici, em seu gabinete em Brasília (AE/VEJA) |
A CIA, Agência de inteligência dos Estados Unidos, colocou à disposição, na internet, mais de 11.000 documentos com referências ao Brasil, produzidos entre 1940 e 1990. De acordo com a Folha de S.Paulo, os documentos estão inseridos em cerca de 13 milhões de páginas anteriormente classificadas com algum tipo de sigilo.
São telegramas, recomendações sobre política externa, análises semanais e anuais sobre o país, além de artigos de jornal.
Em 1986, por exemplo, há um documento que analisa os esforços do PT para deixar de ser apenas um “partido de operários”. Segundo o informe, havia um esforço para que se formasse uma base de militância mais robusta, buscando eleitores mais jovens.
De acordo com a CIA, o então deputado Luiz Inácio Lula da Silva intensificava tratativas com o líder cubano Fidel Castro. “Castro hospedou o líder do PT duas vezes em 1985 e de novo em fevereiro de 1986, durante o 3º Congresso do Partido Comunista Cubano”, diz o texto.
Em outro documento classificado como sigiloso e datado de março de 1970, a agência vê com simpatia o general ditador Emilio Garrastazu Médici (1905-1985) e classifica as reiteradas denúncias de torturas no Brasil como “alegados casos”. Os documentos podem ser consultados no site da CIA.
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