quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

É de mentira a intervenção das Forças Armadas na crise do sistema penitenciário


Mentira (Foto: Arquivo Google)

A ideia inicial foi de Alexandre Moraes, ministro da Justiça, que a levou direto ao presidente Michel Temer: por que não usar as Forças Armadas para enfrentar o agravamento da crise no sistema penitenciário brasileiro?

Temer gostou da ideia e chamou para conversar a respeito os ministros Raul Julgmann, da Defesa, e Sérgio Etchegoyen, do Gabinete de Segurança Institucional. Foi longa a conversa.

Os dois desaconselharam Temer a embarcar na canoa furada de Moraes. Argumentaram com a falta de treinamento das Forças Armadas para cumprirem tal papel.

Falaram dos riscos de contaminação dos militares em contato direto com o crime organizado. E lembraram que a Constituição é muito clara quando define quais são as verdadeiras funções das Forças Armadas.

Mas Temer insistiu que alguma coisa deveria ser feita mesmo assim. Foi então que se inventou a intervenção militar de mentirinha. Porque é disso que se trata, e nada mais.

Uma vez que os governos estaduais peçam, uma vez que os detentos do presídio a ser vistoriado sejam retirados de lá e isolados em outro lugar, militares com detectores de metal inspecionarão as celas.

O serviço poderia ser prestado por empresas privadas que dispõem do mesmo tipo de equipamento. A farda, porém, servirá para lhe conferir maior credibilidade.

Servirá, também, para demonstrar a preocupação do governo com a situação dentro e fora dos presídios. Nada mal para um governo carente de popularidade e de boas ideias.

Por Ricardo Noblat (O Globo)

Um comentário:

AHT disse...

A TERRA DO FAZ-DE-CONTA
(Na Crise, rir é o melhor remédio!)


A Fada Russelfa era pra lá de esquisita.

Teimava que era uma fada, mas
Enlouquecia quando alguém cochichava "A fada-bruxa
Russelfa ainda irá para a fogueira..."
Renão-sim, o Calheiro dos Três Castelos,
A livrou do fogo, conforme quis o árbitro de preto, e saisse

Do Castelo Executivo, onde ela, com uma varinha mágica
Orientava pensando que tudo fazia para o povo e empreiteiras.

Faceira, ela saiu livre do fogo que a tornaria inelegível.
A vez agora era do seu temeroso vice, o
Zeloso Mordomo sempre de terno, camisa e gravata, além

De pacificador de egos inflados e ávidos por saco puxar.
E como ela não tinha saco... o Mordocificador tiraria de letra!

Contas vencidas, cofres públicos vazios,
O Mordomo só enfrentando pepinos, acertou e errou ao
Nomear novos ministros, assessores e aspones.
Temeroso Mordomo caiu em si e pensa em
Abandonar a mania de pacificar e compor com egos inflados.