Um grupo de juristas ligados ao PT e “representantes da sociedade civil”, que participaram de vários atos e iniciativas em favor do governo petista destituído pelo Congresso, resolveram ir à forra contra o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal. Na impossibilidade de aplicar-lhe uma “lei da mordaça”, o grupo pretende o impeachment do ministro, conhecido por sua atuação desassombrada contra o poder petista.
É o segundo caso de pedido de impeachment de um ministro do STF em uma semana. O primeiro caso foi apresentado contra Ricardo Lewandowski, ex-presidente da Corte, cuja atuação no impeachment de Dilma foi considerada francamente favorável à petista. O pedido de impeachment de Gilmar Mendes é considerado também uma "resposta" dos petistas ao pedido contra Lewandowski, que, aliás, foi arquivado prontamente pelo presidente do Senado, Renan Calheiros.
Os autores da investida ideológica contra Gilmar Mendes são os advogados Celso Antônio Bandeira de Mello, Fábio Konder Comparato, Sérgio Sérvulo da Cunha e Álvaro Augusto Ribeiro da Costa, além de uma “ativista de direitos humanos” e o ex-deputado Roberto Amaral, que rompeu com o próprio partido, PSB, para ficar contra o impeachment, até como sinal de agradecimento ao ex-presidente Lula, que o tirou do ostracismo para nomeá-lo para um cargo em seu governo.
O grupo acusa o ministro Gilmar de adotar “comportamento partidário”, mostrando-se “leniente” com relação a casos de interesse do PSDB e “extremamente rigoroso” no julgamento de casos de interesse do PT e de seus filiados, “nomeadamente o ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, não escondendo sua simpatia por aqueles e sua ojeriza por estes”.
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