O Vale
A Embraer encerrou ontem a adesão ao primeiro PDV (Plano de Demissões Voluntárias) da companhia desde que a empresa foi privatizada, em 1994. Os trabalhadores tiveram 23 dias para se cadastrar no programa, que foi aberto em 23 de agosto. Não haverá prorrogação do prazo. A Embraer não informou quantos aderiram.
A fabricante vai analisar os pedidos e definir aqueles que serão efetivados. A análise vai até 23 de setembro. As demissões começarão na primeira semana de outubro. A Embraer vai pagar indenização de 40% do salário nominal por ano trabalhado na empresa para cada empregado desligado pelo PDV, além das verbas rescisórias.
Será garantido o pagamento mínimo de dois salários nominais. O funcionário demitido terá um salário inteiro de indenização para cada dois anos e meio de trabalho. O valor vai ser isento de impostos. A medida pretende economizar US$ 200 milhões (cerca de R$ 650 milhões) por ano e inclui seis meses de assistência médica e odontológica e orientação para recolocação ou aposentadoria.
Por meio da assessoria de imprensa, a Embraer informou que todas as inscrições serão avaliadas pela empresa, que considerará “o atendimento aos critérios de elegibilidade e a análise, feita pela área, quanto ao possível impacto do desligamento”.
Ou seja, empregados que tenham “função de conhecimento crítico” ou que estejam em postos ou projetos estratégicos poderão ter o pedido rejeitado, caso tenham aderido ao PDV. “Os inscritos serão informados sobre a aceitação da adesão até 23 de setembro”, acrescentou a fabricante.
Protesto. Contrário ao PDV, o Sindicato dos Metalúrgicos enviou representantes na última terça-feira a Brasília para entregar carta ao Ministério do Trabalho e à Casa Civil.
O documento critica as demissões na Embraer. Segundo o vice-presidente Herbert Claros, a empresa “recebe auxílio do governo e agora tem que garantir o emprego, como contrapartida”.
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