sábado, 18 de abril de 2015

(O Ato e o Fato) - Brasilino Neto foi o Orador Oficial da Sessão Magna em comemoração ao centésimo sexagésimo aniversário de Caçapava


Brasilino Neto
Íntegra do discurso:

Por que amo Caçapava

Agradeço à Câmara Municipal de Caçapava, na pessoa de seu Presidente Milton Garcez Gandra, aqui saudando todos os demais vereadores, podendo com segurança dizer que os observando daqui, fico à vontade para chamá-los de “meus amigos”.

Também à honraria do convite para este momento importante na história de nossa Cidade Simpatia, assegurando que poucas coisas mais poderiam me dar tanta alegria como o de ser o Orador Oficial desta Sessão Magna em comemoração ao centésimo sexagésimo aniversário de nossa querida Caçapava.

Assim, por bem saber dos limites que os conhecimentos e emoções me impõem neste momento importante de minha vida serei breve, mas com a certeza que o que direi vem do coração, com o singelo tema: “Porque amo Caçapava”.

- Eu amo Caçapava por ter me possibilitado ser seu filho e por isto ser feliz, muito feliz.

- Amo Caçapava por ter sido o berço da Professora e poeta Olivia Alegri, que nos conduziu nos primeiros passos em nossas vidas de estudantes, mas especialmente por ter nos orientado a bem trilhar os caminhos da vida, e a todos distinguia com seu jeito afável.

- E por ter a certeza de que em nome da Professora Olivia Alegri possa agradecer a cada Professor e Professora que dedica seu precioso tempo em classe e extraclasse para transmitir seus conhecimentos aos Caçapavenses, com nosso “muito obrigado” pelos ensinamentos, carinho, respeito e atenção, tal como nossa Mestra Olivia Alegri, nos legou como marca de sua vida.

- Amo Caçapava por ter aqui nascido e vivido o Advogado e Político Doutor Antonio Pereira Bueno, que me possibilitou no inicio de carreira uma saudável convivência e aprendizado, que até hoje ecoam e repercutem em meu coração e mente, e como político ter engrandecido a esta Casa com seu trabalho dedicado, cuidadoso e sempre bem elaborado, que com o apoio de seus pares se conduziu sempre no sentido de fazer com que nossa Caçapava rumasse para ser o destaque que hoje tem no cenário nacional.

Assim, senhores Advogados e Políticos, em nome do inesquecível Doutor Antonio Pereira Bueno saúdo e agradeço pelo trabalho que cada um dos senhores faz em favor de nossa cidade.

- Amo Caçapava por aqui estar plantado o Regimento Ipiranga, que muitas glórias deu à Caçapava e ao Brasil, especialmente quando daqui partiram os contingentes da Força Expedicionária Brasileira, comandados pelos Coronéis Segadas Viana e Nelson de Mello, para os embates em campos de batalhas europeus, com a finalidade de assegurar a liberdade não só ao povo brasileiro, mas de todas as nações livres do mundo.

- Amo Caçapava por me possibilitar, na sempre-presença do Exército Brasileiro em solo Caçapavense, na lembrança do Regimento Ipiranga poder agradecer a todas as forças de segurança constituídas a paz e tranquilidade que nos asseguram.

- Amo Caçapava por ter podido aqui compartilhar bons momentos de minha vida com o saudoso Prefeito José Miranda Campos, o Doutor Zito, que além muito ter feito por nossa amada Cidade, a mim fez especialmente feliz pela amizade que me dedicava, o que ainda repercute em minha vida, além de ter me possibilitado cumprir uma determinação que me havia sido dada pelo então presidente da Associação Comercial de Caçapava, de quem era vice, nosso sempre lembrado Roberto Citro, no sentido de buscar a doação de uma área de terra para a construção de nossa sede, que é onde hoje se encontra instalada a Associação Comercial e Empresarial.

Permito-me aqui a abertura de um parêntese para dizer como se deu a tratativa e o alcance do objetivo dos comerciantes Caçapavenses em ter sua sede própria.

Após a incumbência de Roberto Citro fui, ou melhor, vim até o gabinete do Prefeito Zito Miranda, digo vim, pois seu gabinete era no andar superior deste prédio, e disse o porquê de estar ali, e lhe pedi a doação de uma área de terra e já indiquei o local.

De imediato Dr Zito informou que a Prefeitura não tinha terreno naquela área, quando afirmei contrariamente, pois já havia feito pesquisa, constatando que aquela área era remanescente da construção da então “Casa da Lavoura”, mas mesmo assim me assegurou: “Se a área for da Prefeitura está doada, vou passar lá no sábado e na semana que vem você volta.”

Na semana seguinte, no gabinete deparei com um Dr. Zito se fazendo de irritado, só se fazendo, pois a serenidade e delicadeza eram suas marcas pessoais, e dele ouvi: “O terreno é sim da Prefeitura, mas eu não vou dar patavina alguma, pois minha ida ao local me causou um prejuízo. Fiquei surpreso e sem saber de que se tratava e o que falar, embora devêssemos amabilidades recíprocas, quando ele vendo meu desencontro disse. Fique tranquilo, diga para o Roberto Citro que o terreno é da Associação Comercial, e completou dizendo, entre risos, que fora ver a área em referência e descendo com sua Brasilia no sentido da Vila Militar para a Rua das Abóboras, a Mal. Eduardo Sócrates, olhando para o terreno, sem parar seu veículo, distraiu-se e o colidiu na traseira de outra Brasília que estava parada defronte onde hoje é a sorveteria Gela Boca.

Em ato contínuo chamou o chefe de obra, o seu Carlos Português, determinou que fizesse o levantamento do terreno e encaminhasse para a formalização da doação, beneficio que até hoje repercute na parte física da Associação Comercial e na alegria de meu coração.

Mais uma lembrança deste período: Para iniciarmos a construção do prédio da Associação promovemos um ousado show que lotou O ginásio municipal, que teve como atração a cantora de sucesso daquele momento, a Baby Consuelo.

É por haver existido em minha vida pessoas como Zito Miranda e meus companheiros de diretoria da Associação Comercial Roberto Citro, Humberto Rossi Filho, Vavá Soares, Onivaldo Moraes, Rubens Leister, Aloísio Pinto da Silva, hoje em Guaratinguetá, Adolfo Abrantes, então gerente do Banespa, ainda na Rua Sete de Setembro, e por estas convivências e realizações, digo “Amo Caçapava”.

Assim, na imagem do Presidente da Associação Comercial de então, Roberto Citro, saúdo a todos os comerciantes Caçapavenses que contribuíram e contribuem para crescimento de Caçapava.

- Amo Caçapava, pois aqui pude conviver com meu amado amigo Edmir Viana Moura, o Negrinho, que quando Prefeito de Caçapava, com visão futurista e sem se preocupar em fazer só obras de aparência, providenciou as de infraestruturas em água e esgoto em toda Caçapava, que naquela oportunidade tinha um cenário de guerra, mas que comprova seu acerto, pois até hoje Caçapava se vale dos serviços estruturais que o Prefeito Negrinho fez.

E mais, convivi com o Senhor Edmir Viana no inicio de minha carreira como Advogado, pois era escrivão do Cartório de Registro de Imóveis de Caçapava, que ficava nas dependências do fórum, e ali conheci o também o escrivão Wanderley Germano e Silva, do Segundo Cartório de Notas, que há pouco havia chegado à Caçapava, tendo ambos, por seus conhecimentos, contribuído e me auxiliado no início da carreira, e Wanderley me possibilitado estreitar o relacionamento com o Professor Carlos Miichi Bueno, o Doutor Caxixo, seu compadre, que dá nome ao prédio de meu escritório, bem como ao juiz da comarca à época, 1980, Doutor Eduardo Ayello.

Assim, na pessoa do Doutor Luiz Eduardo Ayello da Rocha saúdo aos juízes e a todos os funcionários públicos, com os quais partilhei e partilho momentos importantes de minha vida pessoal e de militância diária, estes magistrados que recolhidos no silêncio de seus gabinetes e na solidão de suas consciências, no momento único de proclamarem suas decisões dos casos que lhes ocorrem, para a plena aplicação da Lei e especialmente em fazer Justiça, dando a cada um aquilo que a cada um efetivamente pertença. São por estas causas e pessoas que "Amo Caçapava."

- Amo Caçapava por ter podido conviver, por muitos anos, com o Promotor de Justiça Doutor Augusto Ângelo Pereira Basile, que com sua delicadeza e fineza de trato a todos que lhe acorriam, com quem pude participar no dia 13 de dezembro de 1982, em minha primeira defesa no Tribunal do Júri, que quando apresentava minha tese, com as mãos estendidas ao ar, com sua simplicidade, de sua tribuna, fez algumas fotografias que até hoje tenho como momento de feliz lembrança.

Assim, na pessoa do Promotor Augusto Ângelo Pereira Basile saúdo também aos membros do Ministério Público que aqui operaram ou operam, sempre no exercício vigilante e em defesa da sociedade.

- Amo Caçapava por ter aqui mantido sempre o meu Amigo e Padrinho de casamento Adilson Natali, que lançou a semente para a construção do prédio que hoje abriga a Guarnição do Corpo de Bombeiro local, com doação do terreno, depois oficializada por seu sucessor, o prefeito Paulo.

Agradeço esta doação, por me possibilitar trazer a informação pouco conhecida de que na construção daquele prédio, em 8 meses e dois dias, não existe dinheiro público, posto que erigido pelo IDECA – Instituto de Desenvolvimento de Caçapava, o qual presidia, com a colaboração financeira das empresas CPW, Pássaro Marrom, Fuji Film, Hubner, Grupo TI, Grupo Trimtec, TW Espumas, Viapol, Simoldes, Votorantim, Yushiro Brasil e Nestlé, lançando a pedra fundamental em 14 de abril e inauguração em 16 de dezembro de 2000.

Assim, na boa lembrança de meu dileto Padrinho Adilson Natali saúdo a todos os prefeitos que dirigiram nossa cidade de Caçapava, nas pessoas, de meu tempo, Osório da Cunha Lara, Laurentino Marcondes, José de Paula Cardoso, José Miranda Campos, Edmir Viana Moura, Paulo Roitberg, Carlos Vilela e hoje ao prefeito Henrique Rinco, por bem sabermos a dedicação e energias que dispensam para o cumprimento da missão de bem conduzir nossos destinos, tornando-a aprazível e boa para nela se viver. A todos os Prefeitos Caçapavenses nossa gratidão pelo que fizeram e faz por Caçapava.

- Amo Caçapava por ter acolhido em seu solo os estabelecimentos comerciais e seus proprietários o Biroskão, do Jairo Hilário, o Xodó do Rubinho Celeste, o Taquarinha do Zé das Carças, o bar Centenário dos irmãos Raul e Vavá Soares, o Rancho Alegre do Wilson Bertti, o bar do Biá, os Restaurantes do Nilo e do Humberto Mineiro, o Bar da Ponte do Pedrão Trevisoli, o Jorge Galo, na Marechal deororo e na cantina no campo da Associação Atlética Caçapavense, o Bar São Paulo do Pedrinho Quinsan, o armazém do Constantino Deseta, a Padaria das Famílias do Humberto Rossi, as Farmácias São João do Pedro Alegri, a São Benedito do Luciano da Luz e Vicente Siqueira, a Farmácia Vera do Adhemarzinho, as parteiras Mariquinha Lara e Durvalina Fujarra, e dona Hercília de Godoy Araújo como escrivã do registro civil local.

Amo Caçapava por aqui terem vividos os médicos Doutor Odilon Miranda, do Doutor Guedinho, Doutor Miltinho, do Advogado Doutor Elviro Moura, ter existido a Marcenaria dos Irmãos Tozetto, a Cerâmica dos Irmãos Quirino, a Loja de Ferragem dos Irmãos Pereira, do Depósito de meu pai Brasilino, da Loja os Quatro Irmãos Miranda, a Casa Libanesa de José Iunes, a Eletrolar do Chiquinho Natali, a Minerva do Michel, a Casa Cisne do Manoelzinho Machado, a Nossa Loja do José Pierre, a Loja Nossa Senhora Aparecida do “Seu Amigo Vavá”, como proclamava, que também honrou esta Casa como Vereador, a Loja Furman do Simon, a Verdi do Aldo Verdi, da Leiteria da dona Ordália, da Torrefação do Pó de Café Aurora do Artur Fujarra, os depósitos de bebidas do seu João Rezende e do Luiz de Almeida, do Bazar do Silvio Veiga, da Sapataria do Ênio, da Doceria das irmãs Mafuz, do Posto de combustíveis São João do Edmundo Magalhães e seu inseparável amigo Toddy, e do Zizinho com seu borracheiro, o xará Brasilino, o Sesi do Mussolini, o Jornalista Olimpio Santos, que por duas vezes recebeu o Governador Laudo Natel em sua residência, seu Joaquim do Hotel, os cinemas Centenário que Fo palco de show de Roberto e Erasmo Carlos, e o Vitória dos Irmãos Spinelli e o Brasil do seu Washington Barros, a Rosa, o Miguel, o José e o João Mansur, dos barbeiros que marcaram época Brevinho, o Baiano Daniel Santana e o Juquita da Vila Bela, o Helinho do Cavaquinho com sua sempre-presente esposa dona Ivone, e muitos outros, todos de boas lembranças.

E hoje, especialmente por existir voluntários que atuam em defesa de grupos setorizados, como a AMAIS, na proteção dos animais, da Márcia Padovani que ali na estrada Olivia Alegri mantém um canil que cuida de mais de 250 cães abandonados, e tudo às suas expensas.

E aqui destaco, em especial, a voluntária Maria Tereza Nunes Lencioni, que há longos anos na Casa GE desenvolve importantes trabalhos na área de saúde, e na pessoa de quem saúdo todas as demais que prestam serviços voluntários em Caçapava.

A estas pessoas nossos agradecimentos pelos legados e exemplos de dedicação e trabalho, e a contribuição para que Caçapava seja hoje cidade de destaque no contexto do Brasil.

- Amo Caçapava por aqui ter sido criada a Academia Caçapavense de Letras, por iniciativa de dona Lourdes Mesquita Siqueira, que apoiada por pessoas como Dona Cidô e Edmilson Moura realizaram o sonho de há muito acalentado. Obrigado Dona Lourdes por esta importante realização.

Assim, nas pessoas destes ilustres e saudosos Acadêmicos Maria Aparecida Pinho, Dona Cidô e Edmilson Viana Moura saúdo a todos os artistas, poetas e escritores Caçapavenses.

- Amo Caçapava por ter aqui tantos amigos, dentre os quais destaco cada um dos Senhores que participam desta solenidade que, com certeza ficarão, se isto é possível dado o carinho que já lhes dedico, ainda mais guardados em meu coração.

- Amo Caçapava por aqui ter vivido com meu Pai Brasilino Alves de Oliveira Filho e minha Irmã Rosa Maria, e hoje viver com minha esposa Terezinha Luiza Costa de Oliveira, meus filhos Rodrigo, Marília e Marco Antonio, com minha mãe Alice e irmãos Nilza, Jaime, Dimas, Leandro e João Batista, com meus amados netos João Paulo Itacaramby de Oliveira e Ana Luiza Ribas de Oliveira, que ontem chegou a este mundo.

- Amo esta cidade e por fazer parte desta gente que também a ama, que se dedica e se empenha, para que nossa querida Caçapava, hoje aniversariante, continue e nos proporcionar aqui a viver agradavelmente.

Finalmente, amo Caçapava por sua gente, por todos que aqui vive possuírem a Fibra do Jequitibá.

Saudemos Caçapava pela passagem hoje de seu Centésimo Sexagésimo aniversário, e que muitos outros, com a mesma aura e progresso que hoje vivemos venham e que aqui estejamos para estas comemorações.

Salve 14 de abril, salve Caçapava, nossa cidade simpatia.

8 sessao solene

5 comentários:

Humberto disse...

È isso Brasilino. Você fala das pessoas que fizeram de Caçapava a cidade que ela foi! Bela história. Hoje, estamos refém de idiotas, de gente que não estuda e usa a política como meio de vida. Caçapava precisa que caçapavenses como você reajam a isso. Podemos contar com isso?

Maria José disse...

Brasilino, você não tem tempo e nem "saco" para ouvir a rádio de Caçapava. Porém, deve ouvir por aí o quanto estamos vivendo, politicamente falando, a merce de um ignorante que ameaça só por ter um microfone a seu dispor, todas autoridades constituídas pelos caçapavenses. Esse sujeito, que não tem a fibra que você fala no seu discurso precisa ser parado. Conto com o Doutor para isso e para o bem de Caçapava.

André Silvestre disse...

Caro Brasilino, é por pessoas como você que Caçapava vale a pena, por isso nós amamos Caçapava. Deixemos de lado aqueles que nada sabe e nem ama nossa querida cidade. Parabéns pelas lindas palavras e sentimentos nela colocados.

Herivaldo disse...

A história de Caçapava é ótima. E hoje??? Cesar Nascimento, Henrique Rinco, Antero e um monte de ignorantes e interesseiros gastando nosso dinheiro por proveito politico.

Luiz Lima disse...

Dr Brasilino que preciosidade esta sua apresentação. Um passeio pela vida das pessoas que fizeram nossa Caçapava. Que elegância de apresentação, sinto muito ter perdido a oportunidade em ter visto a apresentação pessoalmente. Fiquei emocionado. Parabéns. Dr Caçapava precisa do Senhor.