O Ministério Público Estadual de São Paulo protocolou na Justiça denúncia contra 12 pessoas: Reynaldo Rangel Dinamarco, ex-funcionário da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, e 11 executivos de empresas do setor ferroviário. Acusa-os de fraudar licitações para a aquisição de trens e materiais ferroviários entre 2007 e 2008, durante o governo tucano de José Serra.
Signatário da denúncia, o promotor Marcelo Batlouni Mendroni sustenta que houve formação de cartel. Com a conivência do funcionário da companhia de trens, as empresas se juntaram para combinar os preços e definir previamente os vencedores das licitações de fancaria.
Deve-se o avanço do processo a um acordo de leniência (delação de empresas) firmado pela multinacional Siemens com o governo brasileiro. Guardadas as proporções, aconteceu em São Paulo algo parecido com o que sucedeu na Petrobras, também pilhada por um cartel. A diferença é que, no causo paulista, a denúncia não envolve agentes políticos.
No mais, as semelhanças são eloquentes, inclusive na alegação do tucanato de que “não sabia”. Eis os nomes dos executivos denunciados pelo MP: César Ponce de Leon, Luiz Fernando Ferrari e Ruy Grieco, da Alstom; José Manuel Uribe Regueiro, da CAF Brasil; Carlos Levy, da Bombardier; David Lopes e Wilson Daré, da Temoinsa do Brasil; Mauricio Memoria, Manuel Carlos do Rio Filho e Telmo Giolito Porto, da Tejofran ; e Massimo Giavina-Bianchi, da T’Trans.
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