O ATO E O FATO

Brasilino Neto

Hepatite, epidemia silenciosa.

Embora não tenha atividade na área médica, pois milito na Advocacia, trago aqui interessante questão e que, penso, deva ser bem analisada por nossas autoridades, eis que de fácil encaminhamento e de grande valia e proveito.

Isto, pois nesta semana em viagens de trabalho em duas cidades da região observei folhetos de propagandas ressaltando a importância em fazer exames para a detecção de Hepatite, sob o título de “Epidemia silenciosa”, destacando que uma em cada doze pessoas no mundo está infectada e não sabe, e que no Brasil cerca 6 milhões de pessoas são portadoras de do vírus das hepatites “B” ou “C”, o que incide em numa prevalência 10 vezes maior que a AIDS.

A gravidade do problema está em que as hepatites são assintomáticas, ou seja, não apresentam qualquer sintoma, nem mesmo dor, e quando tardiamente detectada o tratamento pode ser ineficaz, com evolução para cirrose e câncer de fígado.

A hepatite “B” pode ser transmitida pela relação sexual, pelo uso de instrumentos de uso comum contaminados com sangue e pelo parto, destacando que seu vírus sobrevive até sete dias numa gota de sangue fora do organismo, enquanto que o da hepatite “C” apenas três dias, e esta na relação sexual é muito rara de ocorrer, pois não é considerada, como a “B”, uma DST – Doença Sexualmente Transmissível.

Realce-se que para a hepatite “B” existe vacina (três doses), de modo que é inconcebível que o número de infectados esteja aumentando, sendo a vacinação é obrigatória nas crianças, nas primeiras horas após o parto, e em outros casos pode ser obtida gratuitamente nos postos de saúde. Para a “C” não existe vacina, somente prevenção.

O teste de detecção das hepatites “B” e “C” é simples, e feita através de coleta de sangue, de modo que a prevenção é importante, porém, também o é a descoberta de milhões de infectados existentes, para evitar que evoluam para danos irreversíveis para a saúde.

O dia 19 de maio é considerado o Dia Mundial da Hepatite, assim, tanto a população como as autoridades devem estar atentos, pois nesta questão é melhor prevenir do que, se der tempo, remediar.

Esclareço que nesta matéria apenas reproduzo os termos do folheto preparado pela World Hepatitis Alliance, que conta com os apoios da:

Associação Paulista de Estudos do Fígado (www.apefigado.org.br),

Federação Brasileira de Gastroenterologia (www.fbg.org.br)

Sociedade Brasileira de Infectologia (www.infectologia.org.br)

Sociedade de Gastroenterologia de São Paulo (www.sgnsp.org.br).

Que tal começarmos uma campanha de conscientização já, pois amanhã ...