Reproduzo artigo de Denis Rosenfield, que não fala em fascismo islâmico - mas eu considero que é disto que se trata. O título original, "Jonas", não dá conta da gravidade dos acontecimentos em nome de seitas contrárias ao mundo moderno - islâmicos, como sempre, na linha de frente. Inimigos da Civilização Ocidental e da sociedade aberta, esses grupos intolerantes proliferam graças à tolerância do modo de vida que eles odeiam, infestado de relativismo cultural e moral:
Quando Deus veio a Jonas, instando-o a dirigir-se a Nínive para clamar “contra ela, porque sua maldade subiu à [Sua] presença”, a maldade referida era a dos pecados cometidos por seus habitantes. Na tradição profética, a missão do mensageiro de Deus consistia em produzir o arrependimento que seria seguido do perdão divino.
O que, hoje, está acontecendo nesta mesma região remete a outro tipo de maldade, a de terroristas islâmicos, abrigados em um autointitulado Estado Islâmico do Iraque e do Levante, sigla Isil em inglês, que procura impor a ferro e fogo a sua cruel interpretação da Sharia islâmica. Para eles, outras religiões constituem algo por si mesmo imperdoável.
Este grupo se apoia no seguinte tripé da intolerância em relação a outras religiões: abandono de casas e bens, conversão ou execução, com preliminares violentas como a matança de homens e o estupro de mulheres. Qualquer culto que se oponha a seus desígnios torna-se imediatamente objeto desta forma de terror.
Quando o Mausoléu de Jonas foi destruído há poucas semanas, observávamos o prenúncio do que viria a ser a perseguição sistemática de cristãos, yazidis e muçulmanos xiitas.
Note-se que esta população cristã é uma das mais antigas do mundo, sendo constituída por poucas centenas de milhares de pessoas. O seu êxodo é já superior a cem mil crentes, fugindo da morte e violência. Não é melhor o destino da comunidade Yazidi, cuja religião de tipo monoteísta é formada por um sincretismo entre zoroastrismo, islamismo, cristianismo e judaísmo. Não importa, pois eles caem sob a rubrica dos “infiéis”, dos que devem ser extintos. Sua população fugiu para as montanhas e dezenas de crianças já foram mortas, enquanto 40 mil adultos encontram-se, sem água e comida, à beira da morte.
Observe-se que o Mausoléu de Jonas foi objeto de profanação precisamente por exprimir o reconhecimento de um profeta venerado por judeus, cristãos e muçulmanos. Na Bíblia, Deus lá aparece como magnânimo e benevolente, o que confere a esse livro uma significação particularmente ecumênica.
Isto é intolerável para o terror islâmico. Quem não segue os seus preceitos torna-se um infiel. Infiéis são cristãos, judeus, yazidis e muçulmanos de outras orientações. Nada muito diferente do que foi observado no Afeganistão quando os Talibãs também destruíram belas esculturas budistas, consideradas como heréticas.
Nada tampouco diferente do Estatuto do Hamas quando prega a exterminação dos judeus da face da Terra e a perseguição aos cristãos. O tronco é o mesmo, a diferença reside nos ramos que se desenvolveram segundo as peculiaridades de cada região. Al-Qaeda, Talibãs, Irmandade Muçulmana, Isil e Hamas são apenas ramificações de uma mesma doutrina, baseada no culto da morte e da violência.
Em alguns casos, o culto da morte não se manifesta somente no assassinato sistemático dos infiéis, não poupando crianças e mulheres, mas na educação dada às suas próprias crianças, formadas no ódio aos “infiéis” e para se oferecerem ao “martírio”. A leitura dos Estatutos do Hamas pode ser, neste sentido, muito ilustrativa. Seria interessante que os esquerdistas que os defendem incorporassem essas “premissas da morte” nos programas de seus próprios partidos. Teriam, pelo menos, o mérito da coerência, em vez de propagarem as mentiras do terror.
Particularmente eloquentes são as estatísticas que estão sendo apresentadas de mortes de palestinos em Gaza. Mais de 1.800 pessoas teriam lá morrido, supostamente por ataques “indiscriminados” de Israel. Curioso é que as fontes utilizadas são o Ministério da Saúde do Hamas e a ONU na região! Ou seja, é o próprio Hamas que fornece as cifras que são simplesmente transmitidas pelas agências de notícias, quando deveriam saber que a especialidade desta organização terrorista consiste na manipulação da verdade. O terror tem na mentira um instrumento de sua dominação.
O mesmo vale para a ONU, de nenhuma credibilidade na região. Três escolas — deve haver outras — já foram descobertas por serem abrigos de foguetes, algo denunciado por funcionário da própria organização. Uma clínica sua foi construída com explosivos dentro das paredes, para serem detonados quando da entrada de soldados israelenses. O que efetivamente aconteceu com a morte de três deles.
Note-se que a estatística apresentada é veiculada de maneira a produzir a percepção de que as Forças Armadas de Israel teriam como alvo os civis. A seguir este raciocínio, teríamos a conclusão esdrúxula e hilária de que os combatentes do Hamas não teriam morrido ou, talvez, nem mesmo existido. Israel estaria lutando contra moinhos de vento!
Israel calcula que em torno de 50% dos mortos são membros do Hamas. Boa parte das mortes civis foi produzida por escudos humanos, pois os terroristas se escondem em abrigos, os túneis, enquanto enviam os seus próprios civis para o martírio. Se Israel tivesse os civis como alvos não faria o combate por terra, que procura evitar precisamente a morte de civis. Arrasaria cidades, como foi a prática na Segunda Guerra Mundial. A BBC e o “New York Times” estão, agora, produzindo uma revisão geral dessas estatísticas por sua inconsistência e reduzida credibilidade.
Aliás, foi nesses dias descoberto um manual, o Manual do Terror, em que o próprio Hamas reconhece a utilização de escudos humanos e, mesmo, o caráter moral das Forças Armadas israelenses que, ao preservarem os civis, colocam os seus próprios soldados em situação de risco. Tornam-se, assim, alvos do terror.
O Isil tem em relação ao Hamas o mérito da coerência e, de certa maneira, da “honestidade”. Diz claramente que procura converter e executar os infiéis (cristãos, yazidis e xiitas), enquanto a organização de Gaza é dissimulada, procurando abusar da boa-fé dos ocidentais não judeus, apesar de visar igualmente aos cristãos. Colocam-se como “vítimas”, quando são os agentes do terror e da intolerância. (O Globo).
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