sábado, 23 de agosto de 2014

O ATO E O FATO


Brasilino Neto
PACTO SOCIAL

Nós brasileiros, como dizia o saudoso Sérgio Porto, o Stanislau Ponte Preta, “temos uma memória de carnaval, ou seja, dura apenas três dias”. 

Dizemos tristemente isto, pois começamos a ser coagidos pelas entediantes e pouco proveitosas propagandas políticas, que são repetições de promessas de anos e anos, e o que é pior, pela grande maioria das mesmas caras lavadas de políticos que estão ai repetidamente nos enganando e nós gostando, tanto que os reelegemos.

Precisamos urgentemente mudar este comportamento passivo (para não dizer omisso) que temos e propor e buscar meios para que estas cantilenas desafinadas cheguem ao fim, que tenhamos determinação e conduta, que formemos um pacto para rever nossos conceitos como eleitores, de modo que voltemos a pensar e a agir como ente que faz parte de um todo e não individuado.

Que façamos um acordo com as pessoas que compõem nossa comunidade, de forma a unirmos forças e congregarmos nossos anseios e, com isto, defendermos os interesses que cada um tem neste contexto sem impor uma descaracterização da individualidade de cada membro que a compõe e sem perder de vista o interesse da comunidade. 

É um Pacto Social. 

E para que isto seja possível e factível, e se tenha sucesso, é necessário que cada pessoa da comunidade nela aplique suas forças, a proteja e defenda, unindo-se num esforço em favor de todos.

É, pois o Pacto Social “o momento que cada um de nós põe em comum sua pessoa e todo o seu poder sob a suprema direção e vontade geral; cada membro como parte indivisível do todo”.

É ele, em síntese, a moral aplicada na estória dos “Três Mosqueteiros”, quando adotam o “um por todos e todos por um”.

Colocado em prática este plano, com certeza diminuiremos as agressividades que estão patentes e latentes em nosso cotidiano, pois a perda do sentido e da importância da vida, quando vemos que se mata por um par de tênis, ou por uma simples discussão de trânsito, em total desprezo à vida, e com isto atenderemos os princípios ditados no Decálogo de Santo Tomás de Aquino, que impõe a preservação da Vida e da Liberdade.

Façamos um pacto de bem escolher e viver, pois fazendo isto seremos parte integrante e atuante do “Pacto Social” e faremos a sociedade ser mais justa e perfeita, nos moldes pregados por diversos filósofos nos séculos XVI e XVIII e atuais, como Thomas Hobbes, John Locke, Jean-Jacques Rousseu.

Mas façamos agora, sobretudo, nas vésperas de eleições gerais, um pacto conosco mesmo o que, por consequência redundará em favor de todos, bem avaliando os políticos que estão se apresentando, observando especialmente os novos por suas ideias e ideais e aos que postulam reeleição com uma análise do que realmente fizeram nos mandatos que findam e se merecem continuar nossos representantes.

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4 comentários:

Miriaklos disse...

Este texto serve para dar base ao que está acima apresentado pelo editor, pois o que precisamos realmente numa situação desta é somente bem avaliar. Parabéns ao candidato doutor Reginaldo e pleno sucesso na campanha.

Seu Irmão disse...

Querido irmão, pagamos caro para sermos o que somos. A sociedade que sua família e você pertence é muito maior. Precisamos de você, do seu talento e intelectualidade para o bem de Caçapava.

José Wilton disse...

o Brasilino, com quem não tenho contatos pessoais, embora o acompanhe em suas publicações, me parece uma pessoa centrada e conhecedor de diversas áreas, pois escreve com propriedade em todas elas.

Brasilino Neto disse...

José Wilton, obrigado pelas referências. Se não nos conhecemos pessoalmente é só aparecer na Rua Capitão Carlos de Moura, 137. abraços.