sábado, 16 de agosto de 2014

O ATO E O FATO.


Brasilino Neto
Olho de Vidro

Em 2014 temos eleições e devemos estar preparados para as escolhas que faremos, pois temos hoje políticos que pouco se preocupam com os interesses do país e seu povo e muitos até mesmo se empenham ferreamente para usurpá-lo.

Temos vontade e necessidade de mudanças fundamentais, pois como está demoraremos a alcançar os objetivos em sermos povo e nação fortes.

Desde já vemos propagandas partidárias e promessas vãs repetidas há décadas pelos mesmos políticos, mas que na prática pouco ou nada mudam.

É uma lição que deve ser aprendida, ou muito mais, analisada, para fazermos melhor escolha, pois somente assim conseguiremos as mudanças das quais todos aproveitarão.

A questão dos juros, por exemplo, é a mais crucial delas.

Os bancos, sufocam a população, a indústria e comércio com elevados juros, dificultando a produção e gerando o tristemente famoso “custo Brasil”, que impede a competitividade e as consequências que resulta, de modo que o empresário ache mais fácil e menos custoso importar, sobretudo produtos advindos da Ásia, fazendo com que se desatualize o parque industrial brasileiro.

A questão de crédito de alto custo no Brasil é realmente grave em comparação com outros países que prestigiam a cadeia produtiva.

Vemos em debates políticos as sustentações de que uma das saídas para que o Brasil se estabilize é incrementar a exportação, que redundaria em vinda de dólares e geração de empregos, mas como fazer isto com custos nestes níveis? A voracidade com que alcançam as cadeias produtivas, se não a impedem ao menos a dificultam.

Isto nos traz à lembrança a estória do “Olho de Vidro”, que diz bem o quanto o banqueiro, que aliado aos políticos brasileiros, pouco se preocupa com as consequências que o circunda, pois só tem em vista o lucro, a que custo seja.

Diz a estória que um pai com o filho nos braços, com grave doença dependia de imediata cirurgia, em desespero foi procurar um banqueiro para um empréstimo para que pudesse salvar sua vida.

O banqueiro atento à situação afirmou ao pai que não tinha problema algum em arrumar o dinheiro para a operação do filho, porém, precisava de garantias de bens e avalista para o empréstimo, o que o pai não tinha, mas lhe assegurava que se emprestasse para salvar a vida do filho, com certeza pagaria. 

Nada feito disse o banqueiro, sem garantias é impossível!

Quando o pai desesperado e com o filho no colo deixava a sala o banqueiro o chamou e disse: “Eu tenho um defeito físico e que ninguém jamais soube qual é, lhe dou meia hora para você me dizer qual é este defeito e se acertar eu não vou emprestar, mas dar o dinheiro que necessita para seu filho”.

De pronto o pai em desespero responde: “Seu olho direito é de vidro”.

O banqueiro espantado perguntou ao pai como havia descoberto, pois jamais ninguém soubera.

O pai então responde: “Percebi que seu olho direito era de vidro, pois durante o tempo que narrava a grave situação da saúde e necessidade da cirurgia para salvar meu filho, a única coisa em que eu vi um sinal de emoção foi no olho direito, pois de banqueiro olho de vidro se emociona, o natural não”.

Reflitamos bem para as escolhas nestas eleições, para que estórias assim jamais venham fazer parte de nosso cotidiano, com imposição de sérias dificuldades ao país e seu povo. Fiquemos atentos para não elegermos também políticos com “Olho de Vidro”. Pensemos!

2 comentários:

Anônimo disse...

Brasilino, como sempre, ótima análise. basta que leiamos para bem escolhermos.

Ana Lúcia disse...

Fiquei emocionada e além disso me sentido prestigiada como eleitora deste Brasil, por entender que ainda tem jeito.