Envolvido em denúncias de fraude na alteração do projeto de mobilidade urbana de Cuiabá, o ministro das Cidades, Mário Negromonte (PP), disse nesta sexta-feira, em Salvador, ser vítima de "fogo amigo" dentro do governo e acusou a imprensa de ser preconceituosa com mulheres e nordestinos. "Identifico fogo amigo, claro que sim! Partidos da base aliada e o próprio PP nacional – não da Bahia – têm interesse no Ministério", acusou. "As denúncias surgem porque o Ministério é importante. A gente toma conta de diversos programas, como o Minha Casa, Minha Vida, de 170 bilhões de reais, o de saneamento básico, de 50 bilhões de reais, o de mobilidade urbana, de 30 bilhões de reais. E a gente contraria muitos interesses. Aqui e acolá tem meia dúzia de insatisfeitos na bancada, é normal".
Deputado eleito pela Bahia, Negromonte acusou a "imprensa do sul" de ser preconceituosa. "As denúncias vêm de parte da imprensa, insatisfeita com o governo federal, interessada em enfraquecer a presidente Dilma Rousseff", afirmou. "É uma mulher e existe discriminação. Existe discriminação com o nordestino também. Fizeram uma ilação com a Festa do Bode (Negromonte é acusado de tráfico de influência para ajudar a financiar o evento). Se fosse a Festa da Uva ou da Maçã, certamente ninguém faria discriminação. Mas como é Festa do Bode, coisa de nordestino, e o ministro é nordestino, tome cacetada".
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