Cada vez mais vemos movimentos chamados sociais que representam algum grupo de pessoas, querendo cotizar a população, segregar por sexo, cor, etc. Com o belo nome de “políticas afirmativas”, não passam de iniciativas segregadoras e preconceituosas que reafirmam diferenças.
A própria criação de ministério especial para “desigualdade racial” é preconceituosa e excludente.
A União de Negros pela Igualdade (Unegro) realizou um congresso que resultou numa “Carta” com reivindicações que será entregue para a presidente Dilma.
As principais reivindicações: mais ministros negros no governo Dilma e cotas para negros no Legislativo.
Que preparo técnico que nada! A Unegro quer que os ministros sejam escolhidos pela cor da pele. Hoje apenas um ministério é ocupado por negro e “para nós é um rebaixamento”, diz o presidente da entidade Edson França, que frisa: “isso [ter apenas um negro no ministério] tira nosso protagonismo na transversalidade das políticas”.
Entendeu?
São 35 ministérios, como iríamos cotizá-lo? 10% para negros, 10% para índios, sem esquecer dos japoneses (10%) e italianos (10%), afinal, temos uma dívida histórica com esses povos que vieram para o Brasil trabalhar no lugar dos escravo; 10% para mulheres, 10% para gays, 10% para brancos, 10% para nordestinos, 10% para os gagos, enfim.
Como disse o senador Pedro Taques (PDT/MT) pelo twitter: “Vai ter cota pra baixinhos?” Eu respondo: Sim, pode ter, basta que os baixinhos se organizem, criem uma associação (ONG), realize uma conferencia e escreva uma carta para Dilma.
E a cota para o legislativo? O presidente da Unegro reclama que nas propostas de reforma política que tramitam no Congresso Nacional, nenhuma “assegura mecanismos para aumentar a participação de negros”.
Triste ver um grupo trabalhar para ser tutelado, como se não tivesse capacidade ou condições para galgar postos eletivos ou não. As cotas em eleições, como a que já existe para mulher, enfraquecem e comprometem a legitimidade do processo democrático, pois passa a seguinte mensagem: você eleitor pode escolher seu representante, desde que 30% das opções seja de mulheres.
Nenhum comentário:
Postar um comentário