O Ministério da Educação (MEC) reprovou a qualidade de 37,4% das instituições
de ensino superior avaliadas na edição de 2010 do Exame Nacional de Desempenho
dos Estudantes (Enade). Das 1.826 unidades que obtiveram nota na avaliação do
ministério, que calcula o Índice Geral de Cursos (IGC), 683 receberam menção 1 e
2, as mais baixas numa escala que vai até 5.
O ministério também divulgou o Conceito Preliminar (CPC) de 2.988 cursos
submetidos ao exame. Nessa avaliação, 694, ou 23,2%, foram reprovados, segundo o
mesmo critério de corte.
Os dois índices são calculados mediante a avaliação do corpo docente, das
instalações físicas, do projeto pedagógico e das notas dos alunos no Enade. Ou
seja, o IGC é a nota da instituição, e o CPC, a do curso.
No IGC, 27 instituições (1,47% das avaliadas) tiraram a nota máxima. Entre
elas estão as universidades federais do Rio de Janeiro (UFRJ), de Minas Gerais
(UFMG) e do Rio Grande do Sul (UFRGS). O grupo seleto também inclui a
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que nunca havia participado da
avaliação.
Segundo os critérios do MEC, não há como desempatar a disputa. No índice
detalhado, a instituição com maior pontuação, 4,89, é a Escola Brasileira de
Economia e Finanças (Ebef) — uma instituição privada no Rio de Janeiro, ligada à
Fundação Getúlio Vargas (FGV).
No entanto, ela só teve um curso avaliado. A UFRJ, por exemplo, obteve nota
individual 4,01, mas foi avaliada em 48 cursos.
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