O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, foi funcionário-fantasma da Câmara dos
Deputados por quase seis anos. Ele ficou pendurado na folha de pagamento da
Casa, com lotação na liderança do PDT, de dezembro de 2000 a junho de 2006. No
período, ele exercia atividades partidárias, como vice e presidente da
sigla.
A Folha ouviu assessores, deputados e ex-deputados do PDT. Os funcionários do
partido em Brasília, que pediram para não ser identificados, confirmaram que
Lupi não aparecia no gabinete da Câmara e se dedicava exclusivamente a tarefas
partidárias.
Os parlamentares, entre eles ex-líderes da bancada do partido, disseram que
nunca tinham ouvido falar que o hoje ministro fora contratado pela Câmara nesse
período.
Lupi ocupava um CNE (Cargo de Natureza Especial) e recebia o maior salário
pago a um assessor da sigla. Um cargo igual a esse paga hoje em dia R$ 12 mil
por mês, o que daria R$ 864 mil no período em que Lupi ocupou a vaga.
As normas da Câmara dizem que ocupantes desses cargos devem exercer funções
técnicas de auxílio administrativo e precisam trabalhar nos gabinetes em
Brasília.
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