O ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Marco Aurélio Mello afirmou que a quebra de sigilo fiscal de adversários políticos é "golpe baixo", algo que, segundo ele, "não há espaço no campo eleitoral".
Ele considerou "péssimo" e chamou de "bisbilhotice" o episódio envolvendo a divulgação de informações sigilosas da Receita envolvendo tucanos, como do tesoureiro Eduardo Jorge.
"É péssimo. No Estado Democrático de Direito, há de se respeitar certos valores e o valor coberto pelo sigilo é um valor maior. Não cabe a bisbilhotice", disse.
Para Marco Aurélio, é "sintomático" que o vazamento tenha ocorrido em época eleitoral. O ministro também disse que as críticas que faziam também seriam feitas, "se os dados divulgados fossem o de rivais [petistas]".
"Eles não precisam disso. Parecem estar em situação confortável", avaliou o ministro.
Além de EJ, como o tucano é conhecido, foram impressas as declarações de Imposto de Renda do ex-ministro Luiz Carlos Mendonça de Barros, do ex-diretor do Banco do Brasil Ricardo Sérgio de Oliveira e de Gregorio Marin Preciado, casado com uma prima de Serra.
Os quatro eram alvos do dossiê montado pelo grupo que atuou na pré-campanha de Dilma Rousseff à Presidência. Os dados foram levantados pela Corregedoria Geral da Receita, que abriu investigação para apurar a quebra do sigilo de EJ.
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