segunda-feira, 23 de agosto de 2010

PMDB quer maior participação em eventual governo Dilma

No momento em que a candidata do PT à presidência da República, Dilma Rousseff, abre dianteira nas pesquisas de intenção de voto, o PMDB, principal aliado da sua candidatura, mostra desejo de aumentar seu poder em um eventual governo na comparação com a gestão Luiz Inácio Lula da Silva. Os peemedebistas evitam falar do assunto publicamente.

Os peemedebistas querem o poder dividido “meio a meio”. Isso significaria ministérios, participação ativa no Conselho Político que assessora o presidente da República e emplacar o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, na equipe econômica. O PMDB também quer ministérios de “porteira fechada”, o que, no jargão da política e do fisiologismo, significa total independência para indicar cargos. Para finalizar, o maior partido brasileiro deseja postos de comando na Petrobras e na Petro-Sal.

Neste domingo, o presidente do PMDB e candidato a vice de Dilma, Michel Temer, disse que a “única condição do partido” foi ter a vice e participar da elaboração do programa de governo. “O nosso regime é presidencialista e quem decide isso é a presidente. Pode ser que o PMDB venha a ocupar alguns cargos, mas tenho que desmentir a hipótese de dividir o governo. O que pode ocorrer é a presidente escolher um ou outro nome, não só do PMDB, mas de outros partidos”, disse Temer.

“Pode haver um governo de coalização, como fez o governo Lula, e isso é mais ou menos natural. Mas vai depender muito da vontade e planejamento da presidente”, completou Temer, segundo quem o PMDB está disposto a colaborar em um eventual governo Dilma independentemente de cargos. “Se vai colaborar tendo função no governo ou não é um tema para depois e não para agora.Se não tiver nenhum cargo no governo, vai colaborar da mesma maneira.”

Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, se Dilma ganhar, o PMDB quer ser considerado não mais como ”um convidado”, mas um dos “donos da casa”, o Palácio do Planalto.

Além de Henrique Meirelles, no ministério da Fazenda ou Planejamento, outro nome que o PMDB não abre mão é o do senador Edison Lobão (MA), em Minas e Energia. Ele é afilhado do presidente do Senado, José Sarney (AP).

Nenhum comentário: