No primeiro semestre de 2010, foram concedidas 22,1 mil autorizações para trabalho, um crescimento de 18,8% em relação ao mesmo período do ano passado
Dados divulgados pelo Ministério do Trabalho nesta segunda-feira (23) mostram que o número de estrangeiros empregados no Brasil cresceu 18,8% no primeiro semestre do ano em relação ao mesmo período de 2009. Do total de autorizações concedidas para estrangeiros no primeiro semestre de 2010, o MTE informou que 20.760 são temporárias e 1.428 permanentes. No mesmo período do ano passado, as permanentes somaram 1.335, e as temporárias, 17.334.
O Rio de Janeiro lidera a vinda dos estrangeiros, com 12.069 autorizações, segundo o ministério. Em seguida, aparecem São Paulo, com 6.890, Minas Gerais, com 1.034, e Paraná, com 402. Os outros Estados somam 1.793 autorizações.
A maior parte dos profissionais que vieram trabalhar no país é dos Estados Unidos (3.622). O Reino Unido trouxe 1.921 trabalhadores, e as Filipinas, 1.737. Entre os países da América do Sul, a Colômbia foi o que mais mandou mão de obra, com 335 autorizações. A Argentina mandou 297 funcionários e a Venezuela, 255. Em relação à escolaridade, 12.846 estrangeiros que conseguiram autorização para trabalhar no Brasil tinham superior completo ou habilitação legal equivalente e 8.638 tinham 2º grau completo ou técnico profissional.
Entre as autorizações concedidas, 8.244 foram para trabalhadores estrangeiros que atuam a bordo de embarcações ou plataforma estrangeira (no primeiro semestre de 2009, foram 6.670) e 3.724 para assistência técnica por prazo de 90 dias, sem vínculo empregatício (2.858 no mesmo período do ano passado). Também foram concedidas, no primeiro semestre de 2010, 3.270 autorizações para artistas e desportistas (2.903 em 2009), 2.532 para assistência técnica, cooperação técnica e transferência de tecnologia, sem vínculo empregatício (2.080 em 2009), e 770 para marítimos estrangeiros empregados a bordo de embarcação de turismo estrangeira que opera em águas brasileiras (933 nos primeiros seis meses do ano passado).
Para Paulo Sérgio de Almeida, presidente do Conselho Nacional de Imigração, o crescimento não tem relação com uma possível falta de mão de obra qualificada no país, mas seria reflexo do aumento dos investimentos no Brasil.
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