O questionamento de Jair Bolsonaro (PSL) sobre a legitimidade das eleições sem o voto impresso continua repercutindo entre os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Depois dos ministros Dias Toffoli e Rosa Weber rebaterem as críticas do presidenciável à lisura do pleito, foi a vez do ministro Marco Aurélio Mello sair em defesa das urnas eletrônicas.
No último domingo, 16, Bolsonaro disse, em vídeo no hospital Albert Einstein, que há um risco “concreto” de fraude eleitoral. “Se essa fraude acontecer, acabou a democracia”, disparou. O capitão reformado do Exército também criticou a decisão do STF de acolher uma ação da Procuradoria-Geral da República contra o voto impresso. “Lamento que a frase de maior força da senhora Raquel Dodge tenha sido a de que o voto impresso comprometeria a segurança das eleições”, disse. “Não temos qualquer garantia nessas eleições”, complementou o candidato do PSL.
Nesta quarta-feira 19, Marco Aurélio rebateu as declarações de Bolsonaro, que lidera as pesquisas de intenção de voto. “Presidi as primeiras eleições com o sistema eletrônico, em 1996, e de lá para cá não tivemos uma impugnação minimamente séria quanto à apuração dos votos”, afirmou o ministro.
Ele também questionou, ainda, os motivos da suspeita do presidenciável. “O que ele receia? Se ele se apresenta na ponta, deve haver um móvel (motivo) para essa colocação de dúvida de um sistema da própria instituição do voto eletrônico”, disse Marco Aurélio, que presidiu o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pela primeira vez entre junho de 1996 e junho de 1997. “Eu não vejo com bons olhos quem o faça”, complementou.
Na Veja.com
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