Não é novidade para os brasileiros o quanto “vagabunda” é a política do país. Tomada pelo que tem de pior, salvam-se poucos, a política produz quase nada de útil para sociedade. E para produzir pouco ‘moem’ perto de R$ 25 bilhões de reais por ano, do contribuinte brasileiro, para seu funcionamento. Usufruem desse valor Congresso Nacional, assembleias legislativas e câmaras municipais. Dados do portal Transparência Brasil.
Em Caçapava, a Câmara Municipal é composta por dez vereadores. Cada um recebe a título de subsídio mais de R$ 6 mil reais por mês para marcarem presença uma vez por semana na Câmara (O subsídio foi criado para subsidiar, claro, a atividade legislativa do vereador, hoje... subsidia a vida particular da turma). Vereadores em Caçapava não precisam deixar suas atividades profissionais, podem exercer as duas atividades ao mesmo tempo. E como ninguém é de ferro, eles têm direito a dois assessores cada um.
Então, pelo que parece, a atividade de vereador em Caçapava é, digamos assim, meio que tranquila!
Dias atrás, um cidadão, ex-vereador e hoje funcionário público comissionado chamou os vereadores de vagabundos, através de mensagem a um “amigo” pelo Whatsapp. O “amigo” mostrou a mensagem aos vereadores. Afinal, tudo é política, né?
A mensagem causou alvoroço entre os vereadores. Indignado, e sem ter muito o que dizer sobre sua atuação legislativa, um deles ocupou a Tribuna para mostrar que não era vagabundo. Dissertou sobre sua vida profissional, cargos que já ocupou e atividades relacionadas à sua formação acadêmica. Como vereador, fez o quê? Ele não disse!
É obvio, e até os ‘postes da cidade’ sabem, que o adjetivo “vagabundo” usado pelo ex-vereador e hoje funcionário da prefeitura refere-se à atuação legislativa dos vereadores, e não a vida profissional de cada um. E convenhamos, além dos costumeiros requerimentos, a coisa parece andar um tanto devagar por lá!
Bem, como ‘enfiar só o dedo na jaca é bobagem os vereadores resolveram enfiar o pé inteiro’. Resolveram responsabilizar o prefeito. Como se o prefeito fosse dono da consciência e do que pensa o ex-vereador sobre os atuais vereadores. A Câmara fez uma Moção de Repúdio ao prefeito, pelo que acha e diz o funcionário comissionado sobre os vereadores. A Moção foi assinada pelos dez vereadores.
Pior, o vereador Zé Bergue, ligado ao ex-prefeito Rinco, fez sérias ameaças ao prefeito, - eu chamo isso de chantagem bocó - convocou os vereadores a não votarem projetos vindos do executivo caso o prefeito não faça nada contra o funcionário, ou seja, ele quer parar a cidade.
PS: Liberdade de expressão é um direito Constitucional, Zé Bergue; e o prefeito não tem o poder de cassar esse direito dos seus funcionários.
Um comentário:
Clovis, na verdade são 3 assessores para cada vereador.
Postar um comentário