O site O Antagonista e o jornal O Estado de S. Paulo tiveram acesso aos recibos de aluguel apresentados pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao juiz Sérgio Moro na ação que acusa o petista de receber vantagens indevidas da Odebrecht — entre os favores estaria um apartamento em São Bernardo do Campo.
No documento, aparecem dois recibos com datas inexistentes: 31 de junho de 2014 (o mês de junho só vai até o dia 30), e 31 de novembro de 2015 (novembro também tem 30 dias).
A defesa de Lula respondeu a O Estado de S. Paulo afirmando que não havia documentos com as datas de “31 de junho” ou de “31 de novembro. O advogado disse ainda que foram apresentadas mais provas do que o necessário: “pela lei, bastaria à Defesa ter apresentado o último recibo com reconhecimento de quitação, sem qualquer ressalva de débitos anteriores, para que todos os demais pagamentos fossem considerados realizados”.
O processo
Para a Procuradoria-Geral da República, a Odebrecht custeou a compra do apartamento vizinho ao de Lula em São Bernardo do Campo (SP), em nome de Glaucos da Costamarques, primo do pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente.
Na mesma ação, ele responde por também ter supostamente recebido da empreiteira terreno onde seria sediado o Instituto Lula, no valor de 12,5 milhões de reais.
A denúncia ainda aponta que propinas pagas pela Odebrecht, no esquema que seria liderado pelo ex-presidente, chegaram a 75 milhões de reais em oito contratos com a Petrobras.
A Lava Jato afirma que não houve pagamento de aluguel entre fevereiro de 2011 e pelo menos novembro de 2015. Nesta segunda-feira, 25, a defesa do ex-presidente apresentou documentos que contestam a versão dos procuradores.
Nenhum comentário:
Postar um comentário