domingo, 11 de outubro de 2015

Temer prevê Cunha belicoso e resolve não agir



O vice-presidente Michel Temer prevê dias duros de roer para o governo. Em seus diálogos reservados, ele disse que Eduardo Cunha deve causar muitos problemas para o Planalto. Embora mantenha com o presidente da Câmara um diálogo fluido, Temer decidiu não se meter. Planeja atravessar a crise como observador.

Na última vez que Dilma lhe pediu uma opinião, Temer aconselhou-a a não arguir a suspeição do ministro Augusto Nardes, relator da contabilidade pedalada do governo referente a 2014. Sua opinião foi ignorada. E o governo amargou duas derrotas —uma no STF e outra no TCU.

Aliados de Cunha avaliam que, mesmo sitiado pelas más notícias que chegam da Lava Jato sobre suas contas na Suíça, ele tomará as providências necessárias para destravar a tramitação do pedido de abertura de processo impeachment contra Dilma. Temer concorda com a avaliação. Mas não pretende se envolver no esforço que o governo realiza para obter os 171 votos de que precisa para deter o impeachment.

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