A presidente Dilma pretende entregar ao PMDB não apenas sete dos maiores ministérios, mas o próprio governo, numa espécie de “renúncia branca”. Refém do PMDB de Eduardo Cunha, que a ameaça com impeachment, e dependente do PMDB do Senado, ela deve transferir oficiosamente o governo para o vice, Michel Temer, e o chefe da Casa Civil, para cuidar de agenda amena, priorizando “assuntos de Estado”.
Dilma viu que é real o risco de impeachment ao ouvir de Lula que “é melhor entregar ministérios ao PMDB do que perder a presidência”.
Dilma está abatida com o apoio da população ao impeachment. Impedir que isso ocorra é o principal compromisso que ela espera do PMDB.
O Ibope mostrou ontem que Dilma “parou de cair” porque, a rigor, já está no fundo do poço. A rejeição dos eleitores a ela chegou a 82%.
Sob “parlamentarismo à brasileira”, não formal, e sem vocação para “rainha da Inglaterra”, Dilma se dedicaria à Defesa e política externa.
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