No primeiro evento que reuniu os três principais candidatos ao Planalto, a presidente Dilma Rousseff (PT) foi acusada pelos adversários de segurar o reajuste de preços de combustível e luz com objetivo eleitoral e, na resposta, negou que promoverá um "tarifaço" após o resultado da disputa eleitoral.
"O que justifica essa hipótese do tarifaço? Significa a determinação em criar expectativas negativas no momento pré-eleitoral. Pregar esse tarifaço agora é para assustar as pessoas e as empresas", disse a petista durante evento nesta quarta-feira (30) na sede da CNI (Confederação Nacional da Indústria).
Última a discursar --os adversários falaram e responderam a questões do empresariado separadamente--, a presidente comparou os rumores de tarifaço às projeções de que o país passaria por racionamento de energia. "São profecias que não se realizarão", afirmou Dilma.
Mais cedo, Eduardo Campos (PSB) afirmou que a adversária vai apresentar a conta após as eleições. "Acho que o governo atual está segurando [os preços] até outubro. Estamos numa situação em que o governo viabiliza o financiamento para o setor elétrico e diz que vai compensar com aumento da tarifa. E quando o aumento vem? Ah, depois da eleição", disse.
"O ano de 2015 já está precificado pela desarticulação do setor elétrico, pela situação da Petrobras, que precisará ter seu papel na economia brasileira redefinido", afirmou Aécio Neves (PSDB).(FSP)
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