segunda-feira, 10 de março de 2014

Lula e a tolice monumental dita a um jornal Italiano. Ou ainda: A mentira sobre o terrorista Cesare Battisti


Lula flagrado num bom momentoLula concedeu uma entrevista ao jornal italiano La Repubblica e afirmou que emprego é mais importante do que baixar a inflação. É uma tolice monumental, a exemplo de outras que costuma dizer. É tolo simplesmente porque essas não são coisas opostas nem permutáveis; ou seja: nem se deve considerar que gerar empregos é o polo oposto do controle da inflação nem se deve considerar que, em certas circunstâncias, pode-se escolher uma coisa em detrimento da outra.

É o tipo de juízo cretino, fanfarrão, que pretende jogar no colo dos críticos da política econômica a pecha de defensores do desemprego. O Brasil já voltou a ter taxa real de juros mais alta do planeta. O crescimento brasileiro já é modestíssimo. E uma inflação incômoda está aí, renitente. Porque é da natureza de um modelo ancorado no consumo, com baixa produtividade, gastos excessivos do governo e pouco investimento. De resto, é preciso deixar claro: o país tem gerado empregos de baixa qualidade.

Lula cometeu ainda algumas outras impropriedades. Disse ao jornal italiano, por exemplo, que manteve no Brasil o terrorista Cesare Battisti porque respeitou uma decisão da Justiça. É mentira! Mentira das grossas!

O Supremo Tribunal Federal considerou ilegal a concessão de refúgio a Battisti. Mas, numa segunda votação, esta sim, estupefaciente, afirmou que caberia ao presidente a última palavra sobre sua permanência no Brasil. E Lula decidiu que ele deveria ficar. Logo, a verdade é esta: ele desrespeitou a Justiça ao manter no país alguém cujo refúgio foi considerado ilegal. Sobre o petista Henrique Pizzolato, afirmou que é preciso respeitar a decisão da Justiça italiana. É evidente que ele está torcendo para que o homem fique por lá mesmo. Afinal, é um arquivo vivo.

Quando fala a estrangeiros, Lula gosta de posar de moderno e democrata. Disse que Nicolás Maduro, o ditador da Venezuela, errou ao não dialogar com a oposição. É mesmo? A política externa brasileira é uma das áreas do governo mais influenciadas pelo lulismo. Em vez de censurar Maduro, o Brasil resolveu endossar uma nota criminosa de apoio ao tiranete assinada pelo Mercosul — ora presidido pela Venezuela. Pior: votou contra o envio de observadores da OEA ao país.

Indagado sobre os protestos de rua, que podem acontecer durante a Copa, afirmou que isso tudo é coisa da democracia; que, como ex-líder sindical, não poderia condenar as manifestações. Pois é… Ele sabe que o pior da eventual repressão aos excessos ficará por conta das Polícias Militares dos Estados, não é? Elas que se virem!

Indagado se ainda pode concorrer à Presidência, acenou com a possibilidade de voltar a disputar em 2018. É, eles não pretendem largar o osso tão cedo.

Por Reinaldo Azevedo

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