Cassada na Venezuela nesta segunda-feira, a deputada María Corina Machado falará no Senado brasileiro em abril. Ela será ouvida em audiência pública na Comissão de Relações Exteriores. Convidou-a o presidente da comissão, senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES). Encontraram-se num seminário que acontece em Lima, no Peru. O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) também participou da conversa.
No dizer de Ferraço, Corina aceitou o convite “com receptividade extraordinária”. Deu uma estocada no governo brasileiro. “Meus irmãos, senadores brasileiros, a indiferença diante do que está acontecendo na Venezuela é um sinal de cumplicidade”, disse ela. O seminário prossegue nesta terça. Antes de retornar ao Brasil, Ferraço deve combinar a data da visita de Corina a Brasília.
Uma das principais vozes da oposição venezuelana, Corina sentiu o peso da mão forte do regime do presidente Nicolás Maduro. Soldado do chavismo, Diosdado Cabello, presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, anunciou a cassação do mandato dela. Proibiu-a de entrar no Parlamento. Tudo sumariamente, sem a formalidade de um processo.
Corina soube da novidade ao aterrissar em Lima. Reagiu pelo Twitter: “Senhor Cabello: eu sou deputada da AN [Assembleia Nacional] enquanto o povo da Venezuela assim o quiser.” Ao chegar no auditório onde ocorre o seminário, na Universidade de Lima, foi ovacionada.
O vídeo lá do alto exibe um trecho do discurso pronunciado pela deputada em Lima. Ela discorreu sobre as violações praticadas na Venezuela. A certa altura, pronunciu a frase que repetiria aos senadores brasileiros: “A indiferença é cumplicidade.”
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