quinta-feira, 21 de março de 2013

O Ato e o Fato


Réquiem à politicalha! 


Uma informação: Na liturgia cristã réquiem é uma prece ou missa especialmente composta para um funeral. (Wikipedia). 

Somente me resta fazer um réquiem à politicalha. Pois é incrível o número de mortes que ocorrem ano após ano nas chuvas de verão, e ninguém toma providência ou é pela falta dela responsabilizado. 

Vejo administradores (?) públicos justificando as tragédias com as afirmações “providências serão tomadas”, “o imóvel estava em área de risco”, “são chuvas que não estavam previstas” e outras cretinices, que só servem para mascarar situação de incompetência e irresponsabilidade, por deixar que se construa nestas condições. 

São promessas e mais promessas de soluções e envio de verbas, que demoram anos para chegar ao destino, além de que parte delas seja corroída por traças, percevejos e outras pragas malditas. Resumem-se em falatórios e criação de grupos, de departamentos, de secretarias que burocratizam tudo e na prática pouco ou nada fazem. 

Não bastando estes disparates, tenho que suportar a politicalha do governo quanto à mudança do CEMADEN – Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais de Cachoeira Paulista para São José dos Campos, pois a instalação seria junto ao CEPTEC/INPE de Cachoeira, com anunciou em julho de 2012 o então ministro Mercadante, da Ciência e Tecnologia, por estar este Centro equipado e as informações que o CEMADEN precisa para suas ações são dele oriundas. 

Porém, após oito meses o Ministro Raupp vem a São José e assina convênio com o prefeito do PT para que o CEMADEN seja instalado aqui, com previsão de construção que ultrapassará R$ 50 milhões, além de centenas de milhões de reais para o aparelhamento do Centro, desprezando o acervo de Cachoeira. 

É descabida, absurda uma decisão deste naipe, pois não consigo imaginar que o governo do país faça planejamento de longo prazo para o CEMADEN em Cachoeira e em apenas oito meses mude de decisão trazendo-o para São José. 

Uma pergunta: se o Blanco e não Carlos Almeida tivesse sido o eleito de São José dos Campos esta transferência se daria? Certamente que não, então o nome disto é politicalha. 

Enquanto a politicalha agir assim as mortes continuarão a ocorrer anos após anos, pois a vida dos “simples mortais”, daqueles que moram fora da ilha da fantasia, nada vale. Choro e oro mortos. 

 Faço um Réquiem à politicalha !

Por Brasilino Neto

2 comentários:

Vicenzo disse...

Eita doutor Baiano (Brasilino) esse sabe das coisas. Parabéns pela precisão da matéria, curta e esclarecedora que, no entanto, só tem um defeito, me faz arder de raiva desta politicalha desprezível.

Anônimo disse...

Elicidativo. É só o que precisa ser dito deste texto do Brasilino.