domingo, 29 de julho de 2012

Em 106 cidades brasileiras, campanhas terão um só candidato



Sem concorrentes à prefeitura, políticos precisam apenas do próprio voto para se eleger

O Globo


Entre 15.309 candidatos a prefeito nas eleições de 2012, Fábio Fonseca (PDT) (foto abaixo) está num miúdo grupo de fazer inveja aos demais. Pode se gabar de contar apenas com o próprio voto. É que se apenas ele digitar seu número na urna, será eleito prefeito de Igaratinga (MG).


O motivo é simples: ninguém, além dele mesmo, se lançou ao cargo na cidade de 9,2 mil habitantes. Em igual situação, outros 105 políticos têm a garantia ou o privilégio, este ano, de ganhar por falta de oponentes ou, como se diz no jargão esportivo, no “WO”.


Os candidatos-solo não terão concorrentes por diferentes motivos. Nomes da oposição não tiveram apoio do próprio partido, negociaram alianças em futuras eleições ou cargos no governo, deixaram os preparativos para a última hora e até pelo simples receio de uma derrota anunciada em pesquisas. 

Sem poder pedir votos, parte dos opositores aos candidatos únicos adotou outra estratégia para boicotá-los. Incentivam a população a votar nulo ou branco, espalhando que é uma forma de anular as eleições. Mas o anúncio da possível nulidade do pleito é equivocado. 


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