Sem concorrentes à prefeitura, políticos precisam apenas do próprio voto
para se eleger
O
Globo
Entre 15.309 candidatos a prefeito nas eleições de 2012, Fábio Fonseca (PDT)
(foto abaixo) está num miúdo grupo de fazer inveja aos demais. Pode se
gabar de contar apenas com o próprio voto. É que se apenas ele digitar seu
número na urna, será eleito prefeito de Igaratinga (MG).
O motivo é simples: ninguém, além dele mesmo, se lançou ao cargo na cidade de
9,2 mil habitantes. Em igual situação, outros 105 políticos têm a garantia ou o
privilégio, este ano, de ganhar por falta de oponentes ou, como se diz no jargão
esportivo, no “WO”.
Os candidatos-solo não terão concorrentes por diferentes motivos. Nomes da
oposição não tiveram apoio do próprio partido, negociaram alianças em futuras
eleições ou cargos no governo, deixaram os preparativos para a última hora e até
pelo simples receio de uma derrota anunciada em pesquisas.
Sem poder
pedir votos, parte dos opositores aos candidatos únicos adotou outra estratégia
para boicotá-los. Incentivam a população a votar nulo ou branco, espalhando que
é uma forma de anular as eleições. Mas o anúncio da possível nulidade do pleito
é equivocado.
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