Brasilino Neto |
Caros leitores perdoem-me o modo com que escrevo o título desta matéria, pois gastei tempo lendo o dicionário para encontrar uma palavra adequada e não encontrei, assim optei por esta grafia para chamar a atenção a uma monstruosidade, dentre tantas, que ocorre em nosso dia a dia. Refiro-me a uma fala do ministro da saúde Marcelo Castro em encontro com jovens do Distrito Federal, sobre o tema ‘microcefalia’.
Assim se expressou o ministro: “Bom dia, garotada. Tudo legal? Deixa eu fazer uma pergunta: vocês acham que têm crânio normal? Como é que chama a criança da cabeça pequena?”, quando alguns responderam “microcefalia” ele, mantendo a desqualificação e descompostura continuou: “Vocês são alunos inteligentes. Pois as crianças com microcefalia provavelmente não vão ter o mesmo desenvolvimento da inteligência que vocês que têm o crânio normal tiveram. Pois criança com microcefalia provavelmente não serão uma criança normal, não vai desenvolver o cérebro para ser uma criança normal, que possa ir a escola aprender, ser educada e ter autonomia e independência”.
É possível isto? Será que esse elemento ou individuo, como se usa no jargão policial, tem noção do que está falando? Será que ele tem a mínima compreensão de que fala desastrada como essa sensibiliza centenas de pessoas que sofrem com o drama de terem sido alcançadas por esse grave problema, gerado especialmente pela incompetência de nossos (des)governantes em agir preventivamente?
Analisando as fotos que instruem a matéria a que me refiro, vejo que o ministro Marcelo Castro usa, descarada e inconsequentemente um jaleco com o logotipo da Caixa Econômica Federal, como se sua missão em estar “ministro da saúde” fosse uma questão comercial.
Indecente os dois, o ministro por usar este jaleco e a Caixa Econômica Federal por aliar-se a isto, por consentir vestir este indivíduo, este elemento com sua marca.
Reavive-se que este senhor que está à frente do ministério da saúde, há alguns dias disse: “Vamos torcer para que as mulheres peguem zika antes da idade fértil, pois ai ficam imunizadas pelo mosquito e não precisam de vacina”.
Em outra oportunidade afirmou: “Que as mulheres se protegem menos contra o mosquito do que os homens, porque ficam com as pernas de fora e quando usam calças , usam sandálias”.
Caros leitores, ver um ministro de estado comportar-se desta forma já é indecente, execrável, repugnante, mas mais indecente ainda é o governo central o manter e permitir, por sua desqualificação, que se mantenha no cargo, somente para atender interesses politiqueiros, e que em mais alguns dias venha com novas patacoadas, com novas e asquerosas bobagens.
Numa situação desta, somente nos resta uma coisa: Orar!
Um comentário:
É do perú esse ministro. Perdidinho de tudo. Aliás, perdidinho está o povo brasileiro com um ministro de naipe.
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