Com a radicalização do debate, educadores apontam caminhos para tentar evitar que pequenos tenham uma visão distorcida da democracia
A meninada entre 8 e 12 anos está no pátio. A maioria traz lanche de casa, coisas básicas como misto frio, suco de laranja e... “Coxinha, coxinha, meu pai disse que você é um coxinha”, aponta um garoto de 10 anos para outro coleguinha. Logo, as professoras intervêm, pedem calma à turma. Tarde demais. O coro de coxinha fez o menino chorar.
As duas histórias são reais e envolvem crianças novas demais para compreenderem todas as nuances do “pique esconde” partidário. Ainda assim, os pequenos estão absorvendo o calor desse embate militante – e trazendo para a realidade deles os personagens do mundo desencantado da política nacional. “Acho que só o caso Nardoni teve uma repercussão tão grande entre as crianças”, diz a coordenadora pedagógica da Escola Viva, Daniela Girotto, lembrando o caso da morte da menina Isabela, crime pelo qual foram condenados o pai e a madrasta da criança.
Na última semana, a relação dos pequenos com a política ganhou força porque o desenho feito por uma criança de 4 anos, que representava a morte da presidente, foi compartilhado nas redes sociais pelo próprio pai, que se dizia “orgulhoso” pelo talento artístico do pimpolho.
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