Mulher de Cunha tenta manter no STF investigação sobre contas na Suíça
Cláudia Cruz (Foto: Divulgação) |
G1
A jornalista Cláudia Cruz, mulher do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pediu nesta segunda-feira (7) para que as investigações sobre ela num inquérito sobre contas secretas na Suíça em nome do casal seja mantido no Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão caberá ao relator do caso, ministro Teori Zavascki.
O pedido se opõe à recomendação da Procuradoria Geral da República (PGR) de desmembrar o caso, para que Cláudia e uma das filhas de Cunha, Danielle, fossem investigadas na primeira instância da Justiça Federal, pelo juiz Sergio Moro, que conduz ações da Operação Lava Jato no Paraná.
No pedido, a defesa de Cláudia Cruz defendeu a investigação conjunta no STF sob o argumento de que as provas e testemunhas sobre o caso são as mesmas. "Neste caso existe ligação umbilical, vinculação essencial ou essencialidade na produção de provas", diz um trecho do pedido.
Na semana passada, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentou denúncia contra Cunha no STF acusando-o de evasão de divisas, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica eleitoral no caso das contas na Suíça.
Segundo a Procuradoria, Cunha recebeu pelo menos US$ 1,31 milhão -- R$ 5,2 milhões -- em uma conta na Suíça. O dinheiro, segundo a Suíça, foi recebido como propina pela viabilização da aquisição, pela Petrobras, de um campo de petróleo em Benin, na África.
A PGR pede a devolução de valores e reparação de danos materiais e morais no valor de duas vezes a propina -- R$ 10,5 milhões.
A denúncia no Supremo, no entanto, foi feita apenas contra o deputado, já que a PGR entende que Cláudia e Danielle, por não serem parlamentares, podem responder às investigações na primeira instância da Justiça Federal no Paraná.
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