A próxima edição do jornal satírico francês Charlie Hebdo, que chega às bancas nesta quarta-feira (14), uma semana após o atentado que matou 12 pessoas, tem na primeira página uma caricatura de Maomé, que, com uma lágrima ao canto do olho, segura um cartaz onde se lê “Je suis Charlie”, a palavra de ordem dos últimos dias. Acima, a frase “está tudo perdoado”. A caricatura é assinada por Luz.
A edição especial terá 3,5 milhões de exemplares, mais que o triplo da estimativa inicial, de 1 milhão, e quase 60 vezes a tiragem média habitual de 60 mil exemplares, antes do atentado. Charlie Hebdo terá também desenhos inéditos dos cinco cartunistas que morreram no ataque.
Em vez das habituais 16 páginas, terá só oito, sendo totalmente feito pelos jornalistas e cartoonistas da casa, que sobreviveram ou estavam ausentes da redação na quarta-feira passada.
A edição especial vai ser traduzida em 16 línguas. Cada exemplar custa os habituais três euros e, fora o preço do papel, todo o valor será para os cofres do jornal, com todos os responsáveis da cadeia de distribuição a trabalhar gratuitamente.
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