Eliminado do espetáculo por Dilma Rousseff em plena campanha eleitoral, Guido Mantega permaneceu na Fazenda. Reeleita, a presidente escolheu um ator-substituto. E Mantega, o longevo, aceitou o papel de figurante temporário. Tudo muito constrangedor. Mas o número mais vexaminoso desse roteiro marcado pelo fiasco foi a passagem de bastão que Mantega ia executar no momento em que fugiu.
Dias antes do epílogo, Mantega já havia protagonizado uma fuga. Mas fugira apenas da realidade, ao divulgar o documento no qual sustentou que a fábula segundo a qual a economia brasileira nunca esteve tão sólida. Não se imaginou que a falta de presença de espírito para ouvir Joaquim Levy discursar sobre os inevitáveis ajustes resultaria na ausência de corpo de Mantega. Se fosse um filme, o título seria: 'Matou o PIB e saiu em férias'.
Mantega conseguiu superar-se. Permaneceu no cargo além do razoável. E saiu em férias antes do recomendável. Injetou vexame no seu fiasco. Pena. Alguém já disse que dignidade é feito virgindade. Perdeu, tá perdida. Não dá segunda safra.
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