As ex-namoradas Yunka Mihura, 21 anos, e Joana Palhares, 19 anos, processam o deputado pastor Marco Feliciano (PSC-SP) e pedem uma indenização de R$ 2 milhões por danos morais.
Elas se beijaram durante um culto presidido por Feliciano em São Sebastião, em setembro de 2013, e foram detidas pela Guarda Civil.
O pedido de prisão partiu do próprio Feliciano, que disse na ocasião: “Essas duas precisam sair daqui algemadas”.
Na época, as garotas disseram que o beijo era uma forma de protesto contra a homofobia. “Nós levamos cartazes e a guarda pegou. Decidimos protestar com aquele beijo e não havia nada de errado, o evento era público”, disse Joana.
O advogado das mulheres, Daniel Galani, disse que as duas também foram agredidas e humilhadas pelos guardas civis, e que por isso move outra ação contra a Prefeitura de São Sebastião, também no valor de R$ 2 milhões.
“O valor é alto para ser um divisor de águas na luta contra a homofobia”, afirmou. “O Feliciano considerou um beijo como crime. E a agressão veio depois do discurso de ódio”.
Ameaças. Segundo o advogado, as duas jovens, que se mudaram para Ilhabela, já receberam mais de 300 ataques homofóbicos nas redes sociais depois do episódio.
A Prefeitura de São Sebastião informou que ainda não foi notificada da ação.
Em nota, Feliciano disse que as jovens se manifestaram de forma desrespeitosa durante o culto e que se sentiram ofendidas por ele ter pedido aos guardas que “cumprissem o seu dever”.
O deputado afirmou ainda que não foi notificado oficialmente da ação, mas que sua assessoria jurídica “está preparada para responder quando necessário”. Ele terminou a nota dizendo que perdoa as jovens e que pede a Deus que “ilumine a vida” delas.
O Vale
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