Um dos coordenadores do esquema Agnelo Queiroz no Esporte, Miguel Santos
Souza é especialista em criar empresas fantasmas e ONGs fajutas para desviar
dinheiro público. Ele atuou em cinco ministérios, na Câmara, no Exército e até
no STF
No organograma da corrupção no Esporte, Miguel Santos Souza é um dos cabeças do esquema |
Ao montar o esquema que drenou milhões do Ministério do Esporte para os
cofres do PCdoB, o atual governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT),
recorreu a um especialista. Trata-se do comerciante maranhense Miguel Santos
Souza, 56 anos, uma espécie de empresário do setor de fraudes, muito requisitado
em Brasília.
Homem assíduo de gabinetes de ministros e parlamentares e visto com
regularidade em licitações públicas na Esplanada, Miguel opera há mais de dez
anos uma verdadeira fábrica de empresas laranjas usadas em contratos e convênios
com o governo.
ISTOÉ descobriu que várias dessas empresas, mesmo incluídas na lista negra de
fornecedores da União, conseguiram entrar em pelo menos cinco ministérios
comandados pelo PT e base aliada. Também abocanharam contratos no STF, na Câmara
e no Exército.
Miguel operou até para o ex-governador do DF José Roberto Arruda, que foi
obrigado a renunciar no ano passado depois de ser flagrado em vídeo recebendo
propina. Miguel e Arruda são réus num processo que corre na Justiça de
Goiás.
Documentos em poder do Ministério Público, obtidos por ISTOÉ, revelam que o
atual operador de Agnelo fraudou convênio com o Incra e repassou parte do
dinheiro para o caixa 2 da campanha de Arruda a deputado federal em 2002.
Por Isto é
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