quinta-feira, 9 de agosto de 2018

Argentina rejeita descriminalizar o aborto


Manifestantes contrários à descriminalização do aborto celebram a decisão do Senado argentino que rejeitou o projeto de legalização do aborto eletivo para gravidez até 14 semanas - 09/08/2018

O Senado da Argentina decidiu na madrugada desta quinta-feira (9) vetar o projeto de lei que pretendia descriminalizar o aborto até a 14ª semana de gestação.

Embora o texto da Lei de Interrupção Voluntária da Gravidez tivesse sido aprovado no dia 14 de junho pela Câmara dos Deputados, o projeto não passou no Senado. Foram 31 votos a favor, 38 contra e duas abstenções, de um total de 72 cadeiras (houve uma ausência).

Promotor do debate, o presidente Mauricio Macri disse que “não importa qual seja o resultado, hoje ganhará a democracia”.

O projeto, que visava descriminalizar qualquer aborto até a 14ª semana de gestação — e não apenas nos casos atuais de estupro ou perigo de saúde da mãe —, gerou fortes divisões tanto dentro do governo como na oposição, por isso o resultado já era esperado.

O debate começou às 10h30 de quarta (8) e durou cerca de 16 horas. Foram 64 discursos ao todo e muitas intervenções. Após o final da sessão, os senadores deixaram o Congresso rapidamente, muitos decepcionados com o resultado.

Essa foi a sexta vez que a iniciativa de aprovar o aborto foi apresentada no Congresso do país vizinho. Anteriormente, não havia sequer sido debatida. Ao ser rejeitado no Senado, o projeto não poderá voltar a pauta novamente para avaliação parlamentar até o próximo ano.

Veja.com

Um comentário:

André Silvestre disse...

Graças a Deus, esperamos que aqui no Brasil também seja uma decisão igual.