Jair Bolsonaro vai se consolidando como um candidato favorito a fazer de si mesmo um presidenciável inviável. Desde que se lançou na corrida pelo Planalto, especializa-se em aumentar o tamanho de todas as polêmicas que cria. Nesta terça-feira, dia em que o Supremo começou a julgar a denúncia em que é acusado de racista pela Procuradoria, Bolsonaro fez tudo o que estava ao seu alcance para piorar sua situação.
No ápice da insensatez, Bolsonaro crivou de críticas a Suprema Corte, palco do seu julgamento. Fez pior: insinuou que, eleito, cuidará de moldar a composição do tribunal à sua vontade imperial. Verbo em riste, o encrencado enviou “um recado” aos magistrados que o julgam: “Respeitem o artigo 53 da Constituição”, que considera os parlamenteres invioláveis em suas “opiniões, palavras e votos”.
Na mesma entrevista, concedida no Rio de Janeiro, Bolsonaro queixou-se da composição do Supremo, supostamente incompatível com o perfil religioso da sociedade brasileira. “Tem algum ministro do Supremo que se diga católico ou evangélico? Não sei, desconheço. Somos 90% cristãos”, declarou.
(...)
Nenhum comentário:
Postar um comentário